(por) Edison Borba
Hoje
não tem sonho! Hoje não tem festa!
O
que tem hoje? Hoje não tem nada!
As
árvores não tem folhas. Nos jardins não há mais flores.
Nos
lábios não há sorrisos. Somente nos corações, desamores.
Apenas
avisos! Em cada esquina. Em cada casa. Em cada lar!
Não
se pode mais sonhar! Não se pode mais cantar!
Ficou
proibido perguntar! Não se pode nem chorar!
Eu
não quero mais ficar! Mas é proibido sair! Não podemos fugir.
E
se for hora de chorar, as lágrimas terão que ocultar!
As
noites ficaram mais escuras. Não há mais luz.
Nem do sol nem da
lua.
Nas
esquinas sussurros. Quem sabe ler não pode ensinar.
Quem
nada sabe, deve calar! Quem tudo sabe tem que silenciar!
Há
um rei! Há um guardião, um chefe da guarnição
Ele
decretou solidão!
Não
pode haver comunhão nem reunião. Nada deve acontecer
Assim
falou o chefe da guarnição!
Hoje
não tem sonho! Hoje não tem festa!
Nem
a voz dos amantes poderá ser falada
Apenas
haverá o esperar … aguardar … esperar … aguardar ...
Nenhum comentário:
Postar um comentário