(por) Edison Borba
A
nossa vida está escrita entre duas pontas, uma que corresponde ao
dia da nossa concepção e a outra que se estabelece quando morremos.
Entre elas está o que chamamos de viver. Ainda no útero da nossa
mãe, iniciamos a caminhada. Durante nove meses vivemos abrigados num
paraíso protegidos e alimentados sem termos necessidade de
lutarmos para sobreviver. No momento que respiramos por nossa própria
conta, usando nossos pulmões se inicia a luta para manter as reações
vitais. Importante lembrar que a nossa caminhada será solitária,
mesmo que tenhamos amigos, amor, carinho ao nosso redor, a linha é
nossa e caminhamos sobre ela absolutamente sozinhos. À medida o
tempo passa, vamos conquistando, realizando, construindo e ao mesmo
tempo a linha vai se encurtando. Interessante que mesmo diante dessa
verdade, alguns de nós ainda vivem como se o final da linha nunca
chegasse. Há, os que se “acham” imortais e inatingíveis. Eles
não percebem o gradativo encurtamento da vida, e que ao se chegar ao
seu final, o que realmente vai valer será a forma como caminhamos
nessa corda bamba. Conquistaremos uma lápide, onde estará escrito
um nome e duas datas, que correspondem às extremidades da nossa
linha: uma estrela e uma cruz. A estrela anunciando a nossa chegada,
que sempre vem cheia de esperança e a na outra haverá uma cruz,
nada além de uma cruz, significando que só conseguimos carregar a
nossa própria cruz, nada mais que isso! Nada! Nada!
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