Meu irmão. Meu amigo.
Vê-lo em minha casa, sentado à mesa comigo, fez-me viajar até à nossa infância. Num piscar de olhos, lá estávamos, sob à sombra do frondoso cajazeiro, cortando papel para a rabiola da nossa pipa, que só você sabia empinar. Era linda, colorida como as penas de uma ave. Como era mágico ver você fazer a nossa pipa dançar no céu azul. Que saudade bateu em mim, lembrando as noites frias de junho, quando ficávamos deslumbrados com a luz dos fogos de artifício, principalmente as estrelinhas. Você acendendo o pavio das "rodinhas" que espetávamos numa vara, que eu segurava. Quanta alegria ver aquele artefato girando e girando espalhando fagulhas de encantamento. O tempo passou, ficamos adultos, o tempo nos distanciou geograficamente, você no Planalto Central e eu à beira mar no Rio de Janeiro. Mas ainda consigo sentir-me seguro com a sua presença, o mesmo sentimento que se fazia em meu coração, quando nas madrugadas eu acordava com medo, mas vê-lo dormindo pertinho de mim, me trazia um sentimento de segurança e eu voltava a dormir.
Querido irmão, meu "mano" Cesinha, que alegria ter você aqui na minha casa, conversando e curtindo o nosso café com leite como fizemos em todas as tardes da nossa infância.
Voltamos por alguns instantes a sermos crianças lá no bairro de Inhaúma,lembramos do jornaleiro, da padaria nova (havia também a padaria velha), dos nossos companheiros e dos muitos momentos de alegria que apenas uma criança sabe sentir,
Valeu meu irmão!
Voltamos por alguns instantes a sermos crianças lá no bairro de Inhaúma,lembramos do jornaleiro, da padaria nova (havia também a padaria velha), dos nossos companheiros e dos muitos momentos de alegria que apenas uma criança sabe sentir,
Valeu meu irmão!
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