domingo, 18 de setembro de 2016

MORTE


Quando ela chega, não marca lugar e nem hora
Ela simplesmente, chega!
Numa cama de hospital, num leito de rio, no asfalto da avenida...

Ela simplesmente chega!
Seja um doutor ou trabalhador / Um pessimista ou o otimista
Um sacerdote ou um artista, ela é implacável
Chega para o homem e também para a mulher
Ela não tem preconceito e nem respeito
Carrega crianças ou jovens e seus sonhos e rostos risonhos
Ela leva os vaidosos, os orgulhosos e os pretenciosos
Ela chega na hora do café, após o almoço ou durante o jantar
Ela não marca hora! Chega quando nem se espera!
Não costuma avisar nem faz ruído ao chegar
É como navalha que corta fundo para não cicatrizar
Ela é uma trabalhadora, seu ofício é matar sem perguntar
Há sempre muito para fazer para ela seu trabalho é prazer
Que chorem os que ficam! Com seus lamentos e gritos
Ninguém precisa reclamar, porque um dia ela os virá buscar!
 


Edison Borba

Nenhum comentário:

Postar um comentário