sábado, 24 de setembro de 2016

O VELHO CHICO




Velho Chico, grande amigo, que corta longas e belas paragens
Tu que ajudas a formar lindas e inesquecíveis paisagens
Rio São Francisco- será de Assis ou de Pádua? És apenas Chico
Chico Rei do agreste nordestino ou Chico Rei – rei do Congo ...

Lá das bandas da África – quem és tu, velho Chico?
Tuas tortuosas linhas, escritas com letras d’água
Água doce, adocicadas águas, claras cristalinas, apaixonantes
Escreves o destino dos povos que de ti se alimentam
Tu deixaste o homem refazer teu curso, mas não te deixaste dominar
És forte, guerreiro, dono do mar doce, mas não és doce de domesticar
Chico Rei, arrebenta correntes com sua força de águas indomáveis
Mostra-te manso na superfície, apenas para enganar quem de ti se aproximar
Nas tuas profundezas tem mistérios, que enredam quem os quer desvendar
Velho Chico, tu és força, tu és paixão, teus cantares encantam
quem de ti se aproxima
Inebrias, apaixonas, enterneces e enlouqueces os apaixonados
Oh! Velho Chico, mano velho és um sábio!
Sabes escolher os que em suas águas hão de habitar
Leva-os em correnteza rouba-lhes a alma e deixa o corpo voltar
Rio São Francisco, te saúdo, te respeito, tu és maior que todos nós
És natureza indomável, és obra Divina, por onde passas, és Rei!!!

Edison Borba

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