Na atual situação do país, onde o politicamente correto anda abraçado com o receio de ser rejeitado ou até acusado de ter praticado algum ato inconveniente, isto é, que está fora da aceitação da sociedade, estamos cada vez recorrendo aos eufemismos. Buscamos suavizar nossas palavras na sutileza, que é uma forma de proteção e segurança.
Como eu sempre repito, "quando eu era criança lá em Inhaúma", não havia estrelinha no céu, a palavra morte era usada sem constrangimento. Mentir era um pecado sério, ninguém faltava com a verdade. O mentiroso merecia castigo e, quando se tratava de roubo, a situação se complicava, ninguém subtraía, o delegado aplicava a voz de prisão no assaltante, que nunca foi tratado como infrator. O Brasil não "desalerava" o crescimento, naquela época ia mal das finanças, preocupando a população que tinha receio de viver de esmola, ou seja, da caridade pública.
Os tempos mudaram e temos que nos proteger para não sermos apanhados pela palavra e sofrermos uma punição, apenas por termos sido traídos (talvez) por uma inteligência limitada, que nos pregou uma peça deixando que a nossa boca liberasse algum inconveniente nos deixando "mal na fita".
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