terça-feira, 8 de outubro de 2019

VALORIZAÇÃO DO NADA

(por) Edison Borba
Todos os dias somos envolvidos por situações pequenas, fatos corriqueiros e cuja importância dependerá na maioria das vezes de nós. Existem pequenas atitudes, “pequenas” no sentido de sutis ou delicadas. O abraço inesperado de um amigo, o sorriso de uma criança, um elogio espontâneo, um muito obrigado, por favor, ou aperto de mão, que nos fazem tão bem que são capazes de mudar nosso dia. Digamos que são inesperados gestos de amor. Às vezes nem temos tempo de retribuir e até mesmo identificar o autor da façanha. Esses atos possuem em seu conteúdo, o amor, a gentileza, o carinho e o afeto. Porém, da mesma forma que muitas vezes não conseguimos identificá-los e os deixamos escorrer por nossas mãos, outros acontecimentos, valorizamos além da conta. São incontáveis às vezes que estragamos nosso dia, valorizando o nada. Uma palavra pouco educada, dita por alguém que não faz parte do nosso grupo de amigos, um esbarrão durante a viagem para o trabalho, uma cena de rua, que resolvemos para olhar e depois sentir o quanto aquilo nos aborreceu, um café derramado na toalha, a demora da pessoa amada para o encontro, a falta de açúcar na mesa do café, uma observação indelicada ouvida na rua e tantos outros episódios que nos fazem perder a paciência e jogar o nosso dia no lixo. Por que motivo, valorizamos tanto esses momentos? Se pesarmos na balança do que é importante em nossas vidas eles são NADA. O que é mais importante, o abraço de um amigo ou um pequeno esbarrão dentro da condução? O sorriso de uma criança ou um pouco de café derramado na toalha? Ver a pessoa amada chegar de braços abertos ou reclamar do tempo que ficou esperando? Eu sei que todos nós já estamos viciados em colocar a culpa no estresse, na vida agitada, na falta de dinheiro e outras coisinhas mais. Porém, se aprendermos a separar o joio do trigo, a nossa vida provavelmente irá melhorar bastante. Para aqueles que já estão pensando e me chamar de POLIANA, é bom lembrar que valorizar as pequenas coisas boas não é se tornar bobo ou imbecil, é ter consciência que a vida é curta e que devemos aproveitar o máximo tudo de bom que ela nos oferece. Nem sempre o melhor da vida está na Casa Lotérica, palácios e mansões. Ela pode estar bem pertinho de nós e não conseguimos percebê-la.
É preciso saber viver!


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