Todos os dias somos
envolvidos por situações pequenas, fatos corriqueiros e cuja
importância dependerá na maioria das vezes de nós. Existem pequenas
atitudes, “pequenas” no sentido de sutis ou delicadas. O abraço
inesperado de um amigo, o sorriso de uma criança, um elogio
espontâneo, um muito obrigado, por favor, ou aperto de mão, que nos
fazem tão bem que são capazes de mudar nosso dia. Digamos que são inesperados gestos de amor. Às vezes nem
temos tempo de retribuir e até mesmo identificar o autor da façanha. Esses atos possuem
em seu conteúdo, o amor, a gentileza, o carinho e o afeto. Porém, da mesma
forma que muitas vezes não conseguimos identificá-los e os deixamos
escorrer por nossas mãos, outros acontecimentos, valorizamos além da conta. São incontáveis às
vezes que estragamos nosso dia, valorizando o nada. Uma palavra pouco
educada, dita por alguém que não faz parte do nosso grupo de
amigos, um esbarrão durante a viagem para o trabalho, uma cena de
rua, que resolvemos para olhar e depois sentir o quanto aquilo nos
aborreceu, um café derramado na toalha, a demora da pessoa amada
para o encontro, a falta de açúcar na mesa do café, uma
observação indelicada ouvida na rua e tantos outros episódios que nos fazem
perder a paciência e jogar o nosso dia no lixo. Por que motivo,
valorizamos tanto esses momentos? Se pesarmos na balança do que é
importante em nossas vidas eles são NADA. O que é mais
importante, o abraço de um amigo ou um pequeno esbarrão dentro da
condução? O sorriso de uma criança ou um pouco de café derramado
na toalha? Ver a pessoa amada chegar de braços abertos ou reclamar
do tempo que ficou esperando? Eu sei que todos nós
já estamos viciados em colocar a culpa no estresse, na vida agitada,
na falta de dinheiro e outras coisinhas mais. Porém, se aprendermos
a separar o joio do trigo, a nossa vida provavelmente irá melhorar
bastante. Para aqueles que já
estão pensando e me chamar de POLIANA, é bom lembrar que valorizar
as pequenas coisas boas não é se tornar bobo ou imbecil, é ter
consciência que a vida é curta e que devemos aproveitar o máximo
tudo de bom que ela nos oferece. Nem sempre o melhor
da vida está na Casa Lotérica, palácios e mansões. Ela pode estar
bem pertinho de nós e não conseguimos percebê-la.
É preciso saber
viver!
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