sábado, 18 de maio de 2013

NOVA BABEL

            O governo democrático brasileiro, para  manter-se no poder, precisa do apoio dos diversos (muitos)  partidos que se formaram no país nos últimos anos. A coalizão partidária é garantida pelo “jeitinho brasileiro” ou “pela lei de Gerson”, que significa “tem pra todo mundo”.
 Nessa história de quero levar vantagem, a melhor maneira de resolver a questão está na criação de novos ministérios e assessorias.
O negócio cresceu de tal forma que os prédios construídos seguindo o planejamento inicial de Brasília,  não conseguiu abrigar a nova população de funcionários.
Solução: alugar novas salas em novos edifícios.
Com 24 ministérios e 15 secretarias e milhares de servidores, de diversos partidos, cada um com suas próprias convicções políticas (???!!!???), formou-se uma nova e milionária Babel.
Os aluguéis  que ultrapassam a cifra de um milhão e meio por ministério, leva o governo a gastar mais de onze milhões para abrigar tanta gente. Tem salas espalhadas por toda Brasília, gastando fortunas dos cofres públicos.
A explicação para essa farra “inquilinária” e “aluguetícia”, como diria o famoso prefeito de Sucupira, Odorico Paraguaçu, é uma estratégia do governo para ajudar no desenvolvimento do país (??!!??)
Não quero discutir as decisões do governo, porém pensando calmamente, como um cidadão, um trabalhador comum, questiono: - Existe necessidade de tantos ministros, assessores, secretários, cargos, gabinetes entre outros servidores?
E o pior de tudo, é que o exemplo é seguido por governadores e atingem as prefeituras transformando o país num dos maiores cabides “empregatícios” que se conhece no mundo. 
Fico temeroso, quando abordo esse tipo de assunto, no momento em que as campanhas publicitárias do governo apontam para um crescimento, nunca  conhecido na política brasileira.
Novas eleições se aproximam e começamos e rever rostos familiares rondando o poder. Talvez o questionamento maior, esteja na confiabilidade em um país, cujos governantes, para sobreviver necessitem de tantas coalizões ou “maracutaias”.
Vamos esperar. Mais uma vez, esperar...
Edison Borba

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