Após quatro meses do incêndio na boate
Kiss, em Santa Maria no Rio Grande do Sul, as brasas ainda estão acesas. Na
madrugada de domingo, 19 de maio, morreu no hospital, mais uma jovem estudante
que estava no local no dia do acidente.
Mariane
Vielmo tem seu nome acrescentado na lista de mais de duzentos mortos. Após a
tragédia, nos dias que sucederam ao incidente, houve um grande movimento em
torno de buscar punir todos os restaurantes e casas de shows que não estivessem
cumprindo com as regras de segurança para os clientes.
O fogo apagou-se, as brasas perderam as
forças e a fumaça se desvaneceu no ar. Tudo voltou a ficar silencioso.
Não havendo barulho e nem fiscalização
“fiscalizada” é possível que muitos alvarás estejam sendo liberados por baixo das
mesas (de escritórios).
É difícil acreditarmos, que todas
aquelas rígidas e barulhentas ações policiais, com cobertura ao vivo pelos
meios de comunicação, ainda estejam acontecendo rotineiramente. Posso estar
sendo leviano e preconceituoso com esse comentário, mas estamos cansados de
acompanhar situações semelhantes, onde nada acaba em nada, ou tudo acaba em
pizza.
Com a morte de mais uma estudante de
Santa Maria, as brasas reacendem e o fogo voltar a queimar nossos corações.
Precisamos continuar alertas para que a
fumaça não se perca no ar.
Impunidade tem que ser apenas uma
palavra encontrada em dicionário e não uma atitude humana.
Não podemos deixar que as vítimas do Rio
Grande do Sul, sejam apenas cinzas de uma situação que poderá acontecer a qualquer
momento em outro local do país.
Fiquemos alertas e acesos para que não
haja outro incêndio semelhante àquele.
Edison Borba
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