sexta-feira, 3 de maio de 2013

O MÉXICO É AQUI.

           O SBT, emissora de televisão do Senhor do baú, continua  mantendo a audiência no horário vespertino, graças as reprises e mais reprises das lacrimogênicas novelas mexicanas.
Os Ricos Também Choram, Rosa Selvagem, Marimar, Maria Mercedes, Maria do Bairro, Rosalinda e a  A Usurpadora, essas duas últimas atualmente em cartaz, garantem uma audiência fixa e apaixonada principalmente por Thalia e Gabriela Spanic duas belas atrizes.
Que tipo de público acompanha essas histórias? Que encantamento faz com que algumas dessas novelas serem reprisadas em até quatro vezes?
São romances com histórias simples, daquele tipo  água com açúcar. Muitas lágrimas, uma bela heroína, um belo galã, a malvada e uma série de desencontros. Filhos que procuram pais, menina pobre que se enamora por jovem rico. Quase todos os enredos são do tipo cinderela e bela adormecida. Os finais são previsíveis e semelhantes.
As novelas mexicanas exibidas aqui no Brasil, não possuem complicados artifícios, cenários maravilhosos, a maioria das cenas são feitas em estúdio e não existe compromisso com “enredo verdade”. Creio que é a simplicidade  que atrai o público da tarde,  composto, talvez,  por senhoras e senhoritas sonhadoras, que após realizar as tarefas caseiras e lavar a louça do almoço, buscam um pouco de paz e de sonho, que antes era conseguido através da leitura de romances e de revistas de  foto – novela.
Um interessante aspecto desses folhetins está no nome dos personagens masculinos. Geralmente os heróis possuem nomes duplos, como: Carlos Daniel, Alfredo José, Luiz Fernando, Jorge Luiz, José Armando entre outros nomes.
Outro aspecto que vale destacar está nas roupas dos personagens femininos: as malvadas geralmente usam chapéus ou cabelos bem construídos e mantidos à base de laquê. As do grupo pobre ou bonzinho usam madeixas soltas ou encaracoladas. Para esse núcleo a presença da madrinha ou padrinho e também de um bondoso padre ajuda a compor as cenas.
E assim, o mundo mexicano invade o Brasil e mantém um público cativo. A ingenuidade dos textos, a belezas das atrizes principais, os romances à moda antiga, as questões relativas à moral mostram ao telespectador um fantástico mundo da fantasia. Em algumas novelas, a trilha sonora na voz de Thalía, completa o enredo.
Uma receita simples que se traduz em sucesso, na pobre programação vespertina da televisão brasileira. 
Edison Borba

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