quarta-feira, 10 de abril de 2019

UM AMOR PROIBIDO

por Edison Borba






Semana passada, mais precisamente na sexta-feira, ao entrar num restaurante, fui assediado por ele. Tentei disfarçar, olhar para outros que também se encontravam no local, mas qual, ledo engano meu, sua imagem não saía de meus pensamentos. Orei baixinho, pedindo à Deus que me livrasse daquela tentação, implorei forças para resistir. Suando frio, apavorado, tentei me afastar dele, que teimava em me olhar insistentemente. Confuso, chamei o garçom e pedi uma salada com bastante alface, numa tentativa de afastá-lo dos meus pensamentos. Enquanto esperava, arriscava um furtivo olhar para ele, que lá estava a convidar-me, a tentar-me, a atormentar-me. Ingeri rapidamente aquela verde salada e saí em disparada do restaurante. Caminhei perdidamente por alguns minutos, mas a imagem dele não saía da minha cabeça. Estava enlouquecendo! Amor, desejo, paixão tudo em turbilhão envolvendo-me de tal forma, que voltei ...
Deixei de lado os preconceitos, as línguas maledicentes e todos os comentários que possivelmente teria que ouvir. Controlando minhas mãos trêmulas o segurei e aproximei-o de meus lábios, podendo então sentir o delicioso sabor de um gostoso BRIGADEIRO!

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