(por) Edison Borba
Nos tempos de escola uma das aulas que
eu mais gostava era a de conjugação de verbos. Era legal ficar conjugando e pensando: eu serei, eu estarei, eu viverei, eu
amarei. Eu podia tantas coisas
conjugando os verbos. Com eles os sonhos se tornavam possíveis. Conjugar um
verbo, era afirmar a possibilidade de
ter os sonhos realizados. Eu viajarei para terras distantes e descobrirei lugares
maravilhosos. Eu vencerei! Eu amarei! Porém, entre os verbos, eu não gosto de
conjugar o verbo perder. Diariamente diversas pessoas voltam para suas casas
sem suas carteiras, celulares, documentos além de outros pertences. Em todas as
áreas da cidade, o que mais temos ouvido é: perdeu ...perdeu! O verbo se
transformou numa maldita senha. Mas, esse “verbo” torna-se cruel quando a sua
conjugação envolve pessoas, gente que amamos, admiramos e que fazem parte da
nossa história. Perder para a implacável morte! Ela não se importa em fazer o
seu trabalho, ela age. Arranca das nossas vidas amigos, filhos, pais e os levam sem que possamos impedir. Ficamos impotentes diante dela, da sua força, da sua
determinação. Somos frágeis! Somos finitos! Somos efêmeros! Talvez ela sirva
para nos lembrar que precisamos nunca esquecer de conjugar o verbo AMAR.
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