terça-feira, 8 de janeiro de 2013

FAZENDO A FICHA

Idade: 14 anos.
Sexo: feminino.

Local de residência: periferia da cidade de São Paulo.
Estado civil: solteira.

Condição na sociedade: menor de idade.
Atividades:  furtos, tráfico de drogas, dirigir sem habilitação e  assassinato.

Futuro: progredir em sua carreira, com grandes possibilidades de se transformar em chefe de quadrilha.
No momento, goza de proteção das leis. Sua condição de ser “quase” uma criança,  permite-lhe entrar e sair das delegacias. Ficar em repouso em casa de amparo à infância e a adolescência.  Aprender mais truques de malandragem. Fazer bons contatos que irão garantir-lhe ascender no mundo do crime.

Caso: no litoral de São Paulo, uma adolescente de 14 anos, mata um homem, diante de sua família, numa tentativa de roubo.

Destacando: a mãe da menor está colaborando com a polícia no sentido de facilitar a apreensão da mesma.

Comentários: até quando a sociedade terá que conviver com esse tipo de situação. Menores cometendo crimes sem que haja nas nossas leis efetivamente condições de recuperação. O que fazer com uma menina que desde os doze anos  pratica  delitos?  Como recuperá-la? Quem vai ser responsável por sua educação e inserção na sociedade?

Enquanto não se consegue responder essas questões, seguimos acompanhando o crescimento de uma nova sociedade composta por meninos e meninas, vítimas que fazem vítimas. Vidas que se perdem ou pela bala de um revolver ou pelo abandono e descaso de uma estrutura politicamente incorreta.

Amanhã esse caso se transformará em estatística. A menina continuará morrendo vagarosamente a cada dia e a cada delito cometido.

Nós continuaremos perplexos!

Edison Borba

 

 

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