terça-feira, 6 de maio de 2014

ALMAS

Aos machucados, injustiçados e torturados.
Aos  sacrificados e imolados.
Aos que perderam suas cabeças nas guilhotinas.
Aos enforcados e aos assassinados.
Aos que sucumbiram nas guerras, nas lutas, nas batalhas.
Aos indigentes, não reconhecidos como gente.
Aos infelizes, e aos desgraçados.
A todos cuja alma foi desrespeitada pela humanidade.
Perdão!
Aos famintos, aos sedentos, aos abandonados.
Aos iletrados e aos violentados.
Aos viciados, aos drogados, aos intoxicados.
Aos que foram envenenados e castigados.
A todos vocês – desculpas!
Aos fracos e aos oprimidos.
Aos  abandonados, aos loucos nos hospícios esquecidos.
Aos inocentes condenados, as viúvas e aos órfãos.
Desculpas, por favor!
Desculpas pelo que foi feito.
Desculpas pelo o que ainda é feito.
Desculpas pelo que irá continuar a ser feito.
A humanidade faz tempo, que perdeu a própria alma.
Desumanos seres humanos
Agem com a naturalidade de um inocente,
Porém, são sugadores de vida.
Escondem-se entre véus e rezas.
Maquiam suas caras, para não serem reconhecidos por eles mesmos.
Suas imagens não se refletem em espelhos.
Como vampiros, usam seus atributos para iludir, morder e matar suas vítimas.
Humanidade sem alma? Alma humana? Desumanidade?
Humanidade?
                                    Edison Borba

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