quarta-feira, 14 de maio de 2014

BELEZA MENTAL

          Vivemos um momento em que a beleza corporal é o cartão de visitas da espécie humana. As academias, os salões de beleza e outros ambientes que atuam na área da estética física, ganham cada vez mais, força e dinheiro.


O corpo do ser humano cheira mal, por este motivo, precisamos cuidar dele diariamente.  Acordamos e automaticamente, nosso cérebro nos conduz para uma série de atividades. Lavamos o rosto, escovamos os dentes, tomamos banho, cuidamos dos cabelos, cortamos as unhas num ritual de beleza, que acontece naturalmente. Usamos desodorantes específicos para as diversas áreas corporais, perfumes, loções e outros artifícios que ajudam a disfarçar nossos odores. Escolhemos as roupas mais confortáveis e compatíveis com os nossos compromissos. Tudo isto deve ser feito, principalmente para que a saúde seja preservada, porém, o excessivo “cuidado” com  a imagem tem acontecido muito mais para atender a vaidade pessoal e para  cumprir rituais exigidos pela sociedade do que pela saúde. A tirania do espelho implantou-se em nossa sociedade e, está cada vez mais difícil fugir dela.
O cérebro,  que é o nosso guardião, vem sendo tratado de  maneira inadequada, e por isto,  está diminuindo o seu tempo de vida útil. Cada vez mais, jovens, em idade produtiva, estão dando sinais de cansaço e de perda de potencial criativo.
A beleza mental não tem sido uma preocupação da maioria das pessoas. Não escolhemos produtos para o nosso cérebro, com o mesmo cuidado que optamos por sabonetes, cremes,  perfumes  dentre outros materiais para a beleza corporal.
O cérebro humano vem sendo desprezado pelo seu próprio dono e submetido a um regime enlouquecido de informações. Vivemos pendurados em fones e telefones, usamos energéticos, optamos por sons altíssimos e por comidas pouco saudáveis. Trocamos a água pura por bebidas alcoólicas.
As boas leituras deixaram de ser prioridade,  usamos energéticos e outros produtos para aumentar a produtividade cerebral. O cérebro humano recebe diariamente um milhão de informações desnecessárias transformando-se em lixo mental.
O tempo para meditação desapareceu das nossas agendas. Momentos de reflexão estão cada vez mais distantes do nosso dia-a-dia. A paz individual tornou-se rara.
 O estresse é considerado um grande problema social. Acompanhado do medo, da insegurança e da síndrome do pânico, problemas que começaram a aparecer nas crianças e jovens.
A bioquímica cerebral não resistirá  muito tempo. Portanto, vamos cuidar da nossa higiene mental. Vamos cuidar da  beleza cerebral, buscando atividades que possam dar ao nosso sistema nervoso, momentos de relaxamento e prazer.
Boas leituras,  boas músicas, boas companhias, boas palavras, bons ambientes aliadas a melhoria da qualidade do sono, alimentação e água, são excelentes para mantermos nosso cérebro em bom funcionamento.
Somos o que pensamos e o que guardamos em nossa memória.
É apenas uma questão de escolha
Edison Borba

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