Vivemos
um momento em que a beleza corporal é o cartão de visitas da espécie humana. As
academias, os salões de beleza e outros ambientes que atuam na área da estética
física, ganham cada vez mais, força e dinheiro.
O
corpo do ser humano cheira mal, por este motivo, precisamos cuidar dele
diariamente. Acordamos e
automaticamente, nosso cérebro nos conduz para uma série de atividades. Lavamos
o rosto, escovamos os dentes, tomamos banho, cuidamos dos cabelos, cortamos as
unhas num ritual de beleza, que acontece naturalmente. Usamos desodorantes
específicos para as diversas áreas corporais, perfumes, loções e outros
artifícios que ajudam a disfarçar nossos odores. Escolhemos as roupas mais
confortáveis e compatíveis com os nossos compromissos. Tudo isto deve ser
feito, principalmente para que a saúde seja preservada, porém, o excessivo “cuidado”
com a imagem tem acontecido muito mais
para atender a vaidade pessoal e para cumprir rituais exigidos pela sociedade do que
pela saúde. A tirania do espelho implantou-se em nossa sociedade e, está cada
vez mais difícil fugir dela.
O
cérebro, que é o nosso guardião, vem
sendo tratado de maneira inadequada, e
por isto, está diminuindo o seu tempo de
vida útil. Cada vez mais, jovens, em idade produtiva, estão dando sinais de
cansaço e de perda de potencial criativo.
A
beleza mental não tem sido uma preocupação da maioria das pessoas. Não
escolhemos produtos para o nosso cérebro, com o mesmo cuidado que optamos por sabonetes,
cremes, perfumes dentre outros materiais para a beleza corporal.
O
cérebro humano vem sendo desprezado pelo seu próprio dono e submetido a um
regime enlouquecido de informações. Vivemos pendurados em fones e telefones,
usamos energéticos, optamos por sons altíssimos e por comidas pouco saudáveis.
Trocamos a água pura por bebidas alcoólicas.
As
boas leituras deixaram de ser prioridade, usamos energéticos e outros produtos para
aumentar a produtividade cerebral. O cérebro humano recebe diariamente um
milhão de informações desnecessárias transformando-se em lixo mental.
O
tempo para meditação desapareceu das nossas agendas. Momentos de reflexão estão
cada vez mais distantes do nosso dia-a-dia. A paz individual tornou-se rara.
O estresse é considerado um grande problema
social. Acompanhado do medo, da insegurança e da síndrome do pânico, problemas
que começaram a aparecer nas crianças e jovens.
A
bioquímica cerebral não resistirá muito
tempo. Portanto, vamos cuidar da nossa higiene mental. Vamos cuidar da beleza cerebral, buscando atividades que
possam dar ao nosso sistema nervoso, momentos de relaxamento e prazer.
Boas
leituras, boas músicas, boas companhias,
boas palavras, bons ambientes aliadas a melhoria da qualidade do sono,
alimentação e água, são excelentes para mantermos nosso cérebro em bom
funcionamento.
Somos
o que pensamos e o que guardamos em nossa memória.
É
apenas uma questão de escolha
Edison Borba
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