domingo, 4 de maio de 2014

AS ÁRVORES DO MEU BAIRRO

         Moro no Humaitá, um aprazível bairro da zona sul do Rio de Janeiro. Muitas vezes, confundido com Botafogo, nosso vizinho próximo. Uma das características do Humaitá é a grande concentração de hospitais, casas de saúde, farmácias, academias de ginástica, consultórios médico e também de terapias alternativas como acupuntura, ioga, shiatsu e outras, que fazem parte da geração saúde.
Aqui também estão localizados restaurantes naturais, casas de chá e “boutiques” de doces e salgados, lugares agradáveis para um café sem pressa.
Estas características são indicativas de que meu bairro é saudável, habitado por gente que cultiva a saúde e a boa forma, e para isso procura o lado “natureba” de viver.
O horto mercado, conhecido como COBAL, é uma alegria constante. Cheio de restaurantes dos mais variados estilos, misturados às frutas, verduras, legumes, sorvetes, lojas de móveis e outras atrações, que enchem o espaço de harmonia, é um convite constante à felicidade.
As orquídeas são uma atração a mais, com sua variedade de estilos e cores, elas brilham junto com as rosas, margaridas, antúrios e outras rainhas dos jardins, todas reunidas nas floriculturas da COBAL.
Colégios! Vários estão construídos pelas ruas do Humaitá, o que o transforma num lugar jovem. Meninos e meninas com seus coloridos uniformes  fazem grande alarido trazendo para os moradores uma sensação de esperança.
Algumas pequenas e sofisticadas galerias escondem encantadoras lojas com uma grande variedade de produtos que nos aguçam a vontade de comprar.
Sentar no “quintal” da    COBAL, beber  chopinho bem gelado admirando a imagem do Cristo Redentor é um  excelente programa. De segunda a segunda, os bares são ocupados por gente de todo o mundo.
Lugar de gente alegre e sorridente o Humaitá, também se caracteriza por edifícios com jardins onde pássaros cantam pelas manhãs e famílias de micos fazem a festa pulando pelos galhos das antigas árvores.
Outro aspecto do meu querido bairro é a grande concentração de crianças. Nas manhãs de sol, congestionamento de carrinhos de bebê concentra-se no espaço do hortomercado, na outra ponta da vida estão os idosos. Humaitá também possui uma grande população de senhores e senhoras, que se juntam aos nenês na hora do sol matinal.
Apesar de todas essas maravilhas, algo me preocupa quanto ao Humaitá, é a constante retirada de árvores. Desde que estou morando aqui, já vi diversas árvores serem arrancadas e não serem substituídas. A ação dos cupins, as fortes chuvas, são alguns dos elementos responsáveis pela necessidade da poda e da retirada desses incríveis seres, que garantem a vida no planeta terra.
Não está havendo o sistema de troca. Necessitou cortar e tirar a árvore, o local deveria ser ocupado imediatamente por outra árvore. Porém, o espaço do vegetal é rapidamente coberto por cimento. Aos poucos algumas ruas estão se tornando desertas, no verão  não há sombras, o que está gradativamente transformando o atraente Humaitá em mais um deserto de asfalto e cimento.
A Rua General Dionísio e a Voluntários da Pátria já perderam  várias árvores e com elas, a sombra, os pássaros, a garantia de melhores condições de sobrevivência dos moradores.
Ainda é tempo de revermos esta situação. Não sei se os Órgãos Municipais competentes ainda podem replantar esses seres vivos (as árvores) nos antigos locais e, se a partir de agora, quando houver necessidade de remoção de uma das nossas amigas verdes, que no mesmo momento, outra árvore seja colocada no local.
Nossos filhos e netos. Nossas crianças. Nossa saúde. Nossa natureza e principalmente nossa vida agradece.
 Atenção! Moradores do Rio de Janeiro, precisamos defender o mais importante patrimônio da vida na TERRA, as árvores.
 Edison Borba
 

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