quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

SER MÃE OU SER AMIGA?

Dos anos de trabalho no magistério, muitos foram atuando em escolas de maioria feminina. Como diretor, supervisor, coordenador e professor de turmas, pude acompanhar diversos dramas familiares, envolvendo alunas. Quando a família era chamada para conversar sobre a situação da jovem, ouvíamos, das chorosas mães: “mas eu sou tão amiga da minha filha!”

Creio que é exatamente nesta afirmação que mora o perigo da gravidez precoce, do envolvimento com as drogas, do mal rendimento escolar, da fuga de casa, das desobediências às regras da família entre tantos outros problemas, sendo que alguns culminaram em tragédias.

Ser mãe ou ser amiga? Será que não seria melhor ser uma mãe amiga?

Ser mãe exige segurança, cobrança, regras, acompanhamento, determinação entre outros quesitos mas sem abrir mão do amor, carinho, compreensão, respeito entre outros fatores. Em tempo: ser mãe é fazer cumprir as LEIS determinadas pelo PAÍS!

Ser amiga (principalmente na adolescência), não exige nada disso. “Meninas” adolescentes são mais que amigas, são cúmplices. Ser amiga é “cobrir” a falha da outra, é mentir, é esconder, é “acobertar” a amiga, onde uma ajuda a outra numa irmandade perigosa.

Outra questão muito ouvida nos atendimentos foi (e ainda é): “quero que minha filha tenha tudo que eu não tive!”

Ter um celular, é importante, mas saber usá-lo, É MAIS IMPORTANTE AINDA!

Dar o direito a filha de ter um “quarto” ou espaço seu dentro da casa é uma coisa, mas permitir que este espaço FIQUE TRANCADO A SETE CHAVES É PERIGOSO!

Queridos leitores, estou escrevendo esta matéria, porque acabei de ouvir de meus familiares, que a filha não conseguiu aprovação escolar e que a mesma tem ficado horas e horas trancada em seu quarto até madrugada usando celular e ao ser abordada pela mãe, não admitiu ouvir nenhuma observação.

A mãe, pessoa de minha estima ao conversar comigo afirmou: ”MAS, EU SOU TÃO AMIGA DA MINHA FILHA!”

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