quarta-feira, 23 de maio de 2012

COLÉGIO BRASIL (o silêncio da cachoeira)

Os componentes do Colégio Brasil, programaram uma reunião de emergência para ouvir o som da cachoeira. Havia uma grande expectativa em torno do manancial aquático, no sentido não só de ouvir os belos sons que emanariam do foco principal deste ponto turístico brasileiro, como também sobre os respingos, que segundo alguns especialistas, atingiriam longas distâncias.
Mesmo distante do local da reunião a Diretora do C.B. acompanhava atentamente o desenrolar dos acontecimentos.
Toda a cidade do planalto estava à espera dos sons que viriam da cachoeira, ou será do “cachoeira”.
Alguns especialistas em estudo da Língua portuguesa discordam desse uso de gênero, quanto a ser o ou a cachoeira. No meio de tantos questionamentos, o fato de  ser masculino ou feminino só faz aumentar a ansiedade geral.
Tanto faz o gênero, o que importa são os efeitos. Inundações e respingos que podem abalar toda a estrutura do Colégio Brasil.
Após a montagem de toda  a estrutura para se ouvir os sons “cachoeirantes”, fez-se o silêncio. Não foram ouvidos sons, sussurros e nem ruídos. Cachoeira emudecida causou tumulto e ansiedade entre todos os habitantes da região. Alguns ficaram aliviados, pois temiam que os sons e os respingos pudessem atingi-los. Outros nervosos, porque se sentiram enganados, queriam ouvir de qualquer forma. Houve um princípio de tumulto, mas nada foi ouvido.
Foi uma grande decepção ou uma grande inovação? Cachoeira sem som só acontece em Terras muito especiais, como nas desse grande País, chamado Brazilis.
Durante mais de duas horas fez-se um silêncio cachoeiral.
Silêncio do lado da (o) cachoeira e barulho nas margens. Os habitantes do C.B. sentiram-se enganados. Afinal queriam ouvir o cantar das águas, mas como alguns dos presentes afirmaram o que viram foi uma múmia muda surda e cega, que não deixou rolar uma gota d’água.
Enquanto as águas não rolam na capital, estados da região norte sofrem com as inundações e os do nordeste com uma terrível seca.
Mas, isso é coisa sem muita importância. O assunto da hora é saber se cachoeira vai cantar.
Aguardemos o próximo capítulo!
Edison Borba

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