A praça é do povo como o céu é do
condor!
Poeta
e sonhador deixou em seu maravilhoso trabalho essa verdade inquestionável. Ano após ano, o povo
em todos os cantos do mundo, sai às ruas e ocupa as praças para reivindicar
seus direitos, denunciar e manifestar suas vontades.
As
ruas e as praças pertencem ao povo é nelas que muitas questões são transformadas em
movimentos. Também usadas para declarar alegria e felicidade, esses espaços são
os mais democráticos que conhecemos.
São
os lugares em que as minorias têm voz e vez. Mesmo quando, os agentes da lei
surgem e em nome da ordem tentam calar o povo, os movimentos criam mais força. Passeatas,
concentrações, vigílias e marchas já conseguiram êxitos que provavelmente não
seriam conseguidos nos tribunais.
As
praças e as ruas são do povo, ou melhor, é o povo
>Corrida contra o Câncer de Mama atrai 8 mil pessoas ao Aterro do
Flamengo.
>Parada gay não autorizada na Rússia sofre protestos e tem
ativistas presos.
>Protestos contra massacre deixam 2 mortos na capital síria, diz
oposição.
>Em Brasília, cerca de 3 mil pessoas protestam por liberdade
feminina na Marcha das Vadias.
>Em todo o Brasil, mais de dez cidades organizaram manifestações
contra o “machismo”.
>Em 1992, manifestantes fazem ato pelo impeachment do então presidente
Fernando Collor.
>Março de 1984, marcha pelas diretas leva milhares de pessoas às
ruas.
“O povo unido
jamais será vencido!”
A
Praça - Castro Alves (1874 / 1871)
"A praça é do povo! como o céu é do condor".
É o antro onde a liberdade
cria águias em seu calor.
Senhor,pois quereis a praça?
Desgraçada a população!
Só tem a ruA de seu...
Ninguém vós rouba os castelos,
Tende palácios tão belos...
Deixai a terra ao Anteu.
Mas embalde...que o direito
Não é pasto de punhal
Nem a patas de cavalo
Se faz um crime legal...
Ah! não há muitos setembros!
Da plebe doem-se os membros
No chicote do poder,
E o momento é malfadado
Quando o povo ensanguentado
Diz: já não posso sofrer.
Castro Alves
(1847-1871)
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