domingo, 27 de maio de 2012

A PRAÇA É DO POVO!

O incrível Castro Alves, em seu poema “A PRAÇA”,  declama e declara:
                              A praça é do povo como o céu é do condor!

Poeta e sonhador deixou em seu maravilhoso trabalho essa  verdade inquestionável. Ano após ano, o povo em todos os cantos do mundo, sai às ruas e ocupa as praças para reivindicar seus direitos, denunciar e manifestar suas vontades.

As ruas e as praças pertencem ao povo é  nelas que muitas questões são transformadas em movimentos. Também usadas para declarar alegria e felicidade, esses espaços são os mais democráticos que conhecemos.

São os lugares em que as minorias têm voz e vez. Mesmo quando, os agentes da lei surgem e em nome da ordem tentam calar o povo, os movimentos criam mais força. Passeatas, concentrações, vigílias e marchas já conseguiram êxitos que provavelmente não seriam conseguidos nos tribunais.

As praças e as ruas são do povo, ou melhor, é o povo



>Corrida contra o Câncer de Mama atrai 8 mil pessoas ao Aterro do Flamengo.

>Parada gay não autorizada na Rússia sofre protestos e tem ativistas presos.

>Protestos contra massacre deixam 2 mortos na capital síria, diz oposição.

>Em Brasília, cerca de 3 mil pessoas protestam por liberdade feminina na Marcha das Vadias.

>Em todo o Brasil, mais de dez cidades organizaram manifestações contra o “machismo”.

>Em 1992, manifestantes fazem ato pelo impeachment do então presidente Fernando Collor.

>Março de 1984, marcha pelas diretas leva milhares de pessoas às ruas.

                               “O povo unido jamais será vencido!”



A Praça - Castro Alves (1874 / 1871)


"A praça é do povo! como o céu é do condor".
É o antro onde a liberdade
cria águias em seu calor.
Senhor,pois quereis a praça?
Desgraçada a população!
Só tem a ruA de seu...
Ninguém vós rouba os castelos,
Tende palácios tão belos...
Deixai a terra ao Anteu.
Mas embalde...que o direito
Não é pasto de punhal
Nem a patas de cavalo
Se faz um crime legal...
Ah! não há muitos setembros!
Da plebe doem-se os membros
No chicote do poder,
E o momento é malfadado
Quando o povo ensanguentado
Diz: já não posso sofrer.

Castro Alves
(1847-1871)


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