quinta-feira, 3 de maio de 2012

POLÍCIA NAS ESCOLAS - RJ / BR

A semana começou agitada com a nova proposta e acordo entre educação e segurança. A partir dessa data, as escolas que manifestarem interesse e apresentarem casos de insegurança, poderão solicitar a presença de policiais em suas dependências.
Soa um pouco estranho a imagem da polícia no interior das Unidades de Ensino. Não que a presença de policiais seja ruim para a formação de nossas crianças e jovens. A questão está na forma com que  essa atitude está sendo tomada. As circunstâncias em que a polícia está ocupando os pátios escolares deixa  claro que as organizações familiares estão falindo e que as escolas perderam sua condição básica – educar através dos conteúdos programáticos de cada disciplina.
Será permitida a revista aos alunos, sempre que houver à possibilidade da presença de armas. Estamos partindo do (pré) suposto que além de livros e cadernos nossos alunos também estejam incluindo armas em suas mochilas. Muito constrangedor!
A educação informal das famílias somada à educação formal e metodológica das escolas, deveria  resultar em cidadãos capazes de gerirem suas  vidas. Mas, é provável que algo não esteja saindo como o esperado.
É incrível observarmos que o crescimento tecnológico, associado às questões de empreendedorismo, criatividade, inovação e tantos outros termos que nos levam a pensar num novo mundo, estejam sendo substituídos, por policiais,  revistas,  armas além de outras questões diretamente relacionadas à segurança.
No momento em que se fala em biodegradáveis, sustentabilidade, preservação do meio ambiente, entre tantos movimentos do novo século; tenhamos que retroagir no sentido do emprego da força para conseguirmos fazer com que nossas escolas possam funcionar de forma mais adequada.
Fica tudo muito confuso. Quando colocamos  na balança percebemos que estamos perdidos entre altas tecnologias e sobrevivência.
Nossas crianças e jovens usam computadores, celulares e outras máquinas com destreza e rapidez, porém correm perigo. A sobrevivência física e mental está ameaçada pelas drogas, estimulantes, excessos, balas perdidas, bandidos e outras situações que as famílias não conseguem coibir.
Regras, ordens, desejos e sonhos que “faziam” parte da nossa educação, estão ameaçados pelas novas propostas trazidas pelos “modernismos” da sociedade atual. As famílias oscilam entre ser “caretas” e serem modernos. As escolas ainda não conseguiram adequar seus conteúdos e suas regras disciplinares. O que é ser uma escola moderna? Como pais e professores devem agir em relação ao comportamento de seus filhos e alunos? O que admitir ou reprimir? No momento  que se reprime o uso de cigarros, vemos o crack assumir proporções quase incontroláveis. A sexualidade é outro grande desafio para famílias e educadores. Uma mistura entre liberdade e perigos. Doenças físicas e psicológicas ameaçam nossos jovens. Ainda punimos severamente àqueles que deixamos livres para uma gravidez precoce ou uma doença grave. Um preconceito malvado e velado aparece, e o que era “moderno” se transforma em pesadelo.
Provavelmente, todas essas questões, justifiquem a presença de policiais nas escolas. Vamos acompanhar mais essa tentativa de “educar” nossas crianças e jovens. O que vai acontecer depois só o tempo poderá responder. Aguardemos ...
 Edison Borba






Um comentário:

  1. Sabe uma coisa que eu não entendo... Eu entrei no site da secretaria de educação, onde tem o projeto da polica nas escolas, e lá, esta escrito que a policia ficará no entorno das escolas, e não no pátio, lá diz que a policia só entra na escola se for solicitada por alguem da escola, diz tambem que a revista a alunos só acontecera se for solicitada e com a presença do diretor. Não entendo porque essa desinformação, ou essa falta de informação de algumas pessoas... eu por exemplo estou em duvidas. Pois ja me falaram que tem escolas com a policia dentro da area interna, a secretaria de educação diz que é no entorno. Sinceramente, não entendo.

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