A
semana começou agitada com a nova proposta e acordo entre educação e segurança.
A partir dessa data, as escolas que manifestarem interesse e apresentarem casos
de insegurança, poderão solicitar a presença de policiais em suas dependências.
Soa
um pouco estranho a imagem da polícia no interior das Unidades de Ensino. Não
que a presença de policiais seja ruim para a formação de nossas crianças e
jovens. A questão está na forma com que
essa atitude está sendo tomada. As circunstâncias em que a polícia está
ocupando os pátios escolares deixa claro
que as organizações familiares estão falindo e que as escolas perderam sua
condição básica – educar através dos conteúdos programáticos de cada
disciplina.
Será
permitida a revista aos alunos, sempre que houver à possibilidade da presença
de armas. Estamos partindo do (pré) suposto que além de livros e cadernos
nossos alunos também estejam incluindo armas em suas mochilas. Muito
constrangedor!
A
educação informal das famílias somada à educação formal e metodológica das
escolas, deveria resultar em cidadãos
capazes de gerirem suas vidas. Mas, é
provável que algo não esteja saindo como o esperado.
É
incrível observarmos que o crescimento tecnológico, associado às questões de
empreendedorismo, criatividade, inovação e tantos outros termos que nos levam a
pensar num novo mundo, estejam sendo substituídos, por policiais, revistas, armas além de outras questões diretamente
relacionadas à segurança.
No
momento em que se fala em biodegradáveis, sustentabilidade, preservação do meio
ambiente, entre tantos movimentos do novo século; tenhamos que retroagir no
sentido do emprego da força para conseguirmos fazer com que nossas escolas
possam funcionar de forma mais adequada.
Fica
tudo muito confuso. Quando colocamos na
balança percebemos que estamos perdidos entre altas tecnologias e sobrevivência.
Nossas
crianças e jovens usam computadores, celulares e outras máquinas com destreza e
rapidez, porém correm perigo. A sobrevivência física e mental está ameaçada
pelas drogas, estimulantes, excessos, balas perdidas, bandidos e outras
situações que as famílias não conseguem coibir.
Regras,
ordens, desejos e sonhos que “faziam” parte da nossa educação, estão ameaçados
pelas novas propostas trazidas pelos “modernismos” da sociedade atual. As
famílias oscilam entre ser “caretas” e serem modernos. As escolas ainda não
conseguiram adequar seus conteúdos e suas regras disciplinares. O que é ser uma
escola moderna? Como pais e professores devem agir em relação ao comportamento
de seus filhos e alunos? O que admitir ou reprimir? No momento que se reprime o uso de cigarros, vemos o
crack assumir proporções quase incontroláveis. A sexualidade é outro grande
desafio para famílias e educadores. Uma mistura entre liberdade e perigos.
Doenças físicas e psicológicas ameaçam nossos jovens. Ainda punimos severamente
àqueles que deixamos livres para uma gravidez precoce ou uma doença grave. Um
preconceito malvado e velado aparece, e o que era “moderno” se transforma em
pesadelo.
Provavelmente,
todas essas questões, justifiquem a presença de policiais nas escolas. Vamos
acompanhar mais essa tentativa de “educar” nossas crianças e jovens. O que vai
acontecer depois só o tempo poderá responder. Aguardemos ...
Sabe uma coisa que eu não entendo... Eu entrei no site da secretaria de educação, onde tem o projeto da polica nas escolas, e lá, esta escrito que a policia ficará no entorno das escolas, e não no pátio, lá diz que a policia só entra na escola se for solicitada por alguem da escola, diz tambem que a revista a alunos só acontecera se for solicitada e com a presença do diretor. Não entendo porque essa desinformação, ou essa falta de informação de algumas pessoas... eu por exemplo estou em duvidas. Pois ja me falaram que tem escolas com a policia dentro da area interna, a secretaria de educação diz que é no entorno. Sinceramente, não entendo.
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