quarta-feira, 2 de maio de 2012

SERES HUMANOS?

Homem, professor universitário e psicólogo, ataca e ofende uma bilheteira de cinema em Brasília. Numa atitude racista, o cidadão em questão, agride e maltrata uma mulher negra, em seu local de trabalho. O “tal” homem já havia mostrado esse tipo de comportamento outras vezes. Ficamos a pensar: um cidadão pertencente à classe universitária, dita formadora de opiniões, professor e psicólogo, agindo publicamente dessa forma, provavelmente está se sentindo seguro e livre para ofender e agredir sem medo de punições. A sua reincidência, deixa transparecer que as leis não são aplicadas para todos, da mesma forma. O que aconteceu com a vítima de sua primeira investida? Que juizado tratou do caso? Que sanções foram aplicadas nesse “senhor” branco e de formação superior? Será que se o comportamento que ele já havia exibido tivesse sido o de um homem pobre e de pouca cultura, as sanções teriam sido as mesmas?

Seres humanos? Que humanidade existe no coração dos que agem dessa forma e dos que absolvem os que agem dessa forma?

Também fico a pensar nos pacientes que freqüentam o consultório desse psicólogo. E os alunos que são obrigados a assistirem suas aulas? Que tipo de informações são  passadas de forma direta e subliminar?

Esse sentimento de ódio pelo outro, que explode em público, tem raízes profundas que precisam ser cortadas. Cabe aos senhores juízes, fazer cumprir a Lei que pune esse tipo de crime de forma rígida. O devido cidadão, além de pagar pelo crime na forma do que está previsto no código penal, também deveria ser obrigado a um tratamento psicológico e ter suas aulas suspensas para o bem da sociedade.

Seres humanos?  Que humanos? Que humanidade existe nesse tipo de atitude?

É mais um caso a ser pensado. É mais uma situação envolvendo preconceito, num país que se considera absolutamente capaz de aceitar de braços abertos as diversas formas de amor e cor.

Vale uma boa reflexão!

Edison Borba

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