Seis
de janeiro é o dia de Reis. Gaspar, Belchior e Baltasar seguindo a orientação
de uma estrela, chegaram ao local onde nasceu Jesus.
Três
homens, representantes da riqueza, caminharam dias e dias para reverenciarem o
menino que nasceu numa manjedoura.
Para
eles, aquele menino era o verdadeiro rei. Com humildade ajoelharam diante
daquela criança e reverenciaram o filho de Deus. Trouxeram presentes,
porém, mais importante, foi a humildade
que eles demonstraram diante da família sagrada.
Séculos
passados e outros meninos nasceram pelo mundo. Alguns em manjedouras, outros em
camas macias. Todos, sem exceção, ao nascer são reis.Toda criança ao nascer é
uma benção para a humanidade.
Porém,
como no tempo de Jesus, a lei de Herodes continua a existir. Meninos e meninas são mortos ou abandonados à sua própria sorte.
Apenas, houve uma mudança quanto às armas usadas. Atualmente não se recorre
mais às espadas, nossas crianças são assassinadas pelo descaso. Muitas morrerão
de fome ou através de doenças. Outras sobreviverão, mas a desnutrição não
permitirá que tenham um desenvolvimento adequado.
Outros
crescerão nas ruas ou serão submetidas ao trabalho escravo. Dessa forma, a
política do imperador vem sendo mantida através da história.
Existem
alguns lugares onde a política de Herodes se mostra mais evidente, como na
África, Ásia e lamentavelmente na América do Sul, especialmente no Brasil.
Nesses
lugares, crianças morrem em grande quantidade. São poucos os Reis Magos, que as
visitam. Algumas nascem e morrem, sem que haja algum registro de suas efêmeras
vidas. O mundo se modernizou bastante, desde o nascimento de Jesus. Atualmente
os sistemas de extermínio infantil estão mais sofisticados. Tudo é feito sem
derramamento de sangue. Existem órgãos especializados para que não haja
“sujeira” no processo de degola. Tudo é feito de forma discreta e politicamente
correta. As estatísticas são facilmente preparadas para que verdades sejam
divulgadas conforme o interesse de cada Nação.
É
importante que o dia seis de janeiro, seja mantido em nosso calendário, para
que possamos ter (pelo menos) um dia para reverenciarmos nossas crianças, que
serão sempre os nossos verdadeiros reis.
Edison
Borba
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