Cena:
>Homem
com idade em torno dos sessenta anos, vendedor ambulante, é preso e sua
mercadoria apreendida pela polícia. Homem nervoso reage à ação policial, sendo
levado preso por desacato à autoridade.
Questões:
>O
cidadão não tinha autorização (licença) para trabalhar como vendedor ambulante.
>Os
policiais agiram dentro do “rigor” da lei.
Análise:
>Todo
cidadão brasileiro que desejar trabalhar como vendedor deve procurar os
departamentos competentes, pagar uma taxa para obter uma licença. Cumprindo os
requisitos necessários, poderá atuar como vendedor.
Reflexões:
>Como
fica a situação dos que não dispuserem de condições para requerer essa licença?
>O
que fazer com um homem que tenta trabalhar, mesmo em condições adversas às
regras?
>Para
onde vai e com quem ficam os produtos apreendidos pelos policiais?
>O
que se pode fazer para que esse homem, que tenta trabalhar, não vá para a
marginalidade?
Dúvidas:
>Por
que os ladrões de “colarinho branco” não recebem o mesmo tratamento que o
vendedor?
>Por
que as “mercadorias” roubadas do povo não são devolvidas?
>Em
que cofres estão os milhões de reais desviados do patrimônio público?
>Os
direitos dos cidadãos, numa democracia, são realmente iguais?
Observações:
>O
homem, com idade em torno de sessenta anos, que tentou ser vendedor ambulante,
sem ter licença, provavelmente amarga seus dias numa prisão lotada de marginais.
>Enquanto isso, muitos bandidos, de paletó e gravata deslizam pelos
corredores da fama, distribuindo sorrisos e “santinhos”, angariando votos para
mais um mandato.
Conclusão:
>Esse
não é um fato isolado. Neste momento, em algum lugar, alguém deve estar sendo
humilhado injustamente. Algum cidadão trabalhador, não está recebendo o justo
pelo seu desempenho. Porém, muitos rios derramam cachoeiras de mercadorias, em
bolsos e bolsas sem alvará de funcionamento.
As
dores sociais continuarão a existir enquanto as leis não forem aplicadas
indistintamente para todo e qualquer cidadão.
Edison
Borba
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