segunda-feira, 21 de maio de 2012

DOR SOCIAL

Cena:
>Homem com idade em torno dos sessenta anos, vendedor ambulante, é preso e sua mercadoria apreendida pela polícia. Homem nervoso reage à ação policial, sendo levado preso por desacato à autoridade.
Questões:
>O cidadão não tinha autorização (licença) para trabalhar como vendedor ambulante.
>Os policiais agiram dentro do “rigor” da lei.
Análise:
>Todo cidadão brasileiro que desejar trabalhar como vendedor deve procurar os departamentos competentes, pagar uma taxa para obter uma licença. Cumprindo os requisitos necessários, poderá atuar como vendedor.
Reflexões:
>Como fica a situação dos que não dispuserem de condições para requerer essa licença?
>O que fazer com um homem que tenta trabalhar, mesmo em condições adversas às regras?
>Para onde vai e com quem ficam os produtos apreendidos pelos policiais?
>O que se pode fazer para que esse homem, que tenta trabalhar, não vá para a marginalidade?
Dúvidas:
>Por que os ladrões de “colarinho branco” não recebem o mesmo tratamento que o vendedor?
>Por que as “mercadorias” roubadas do povo não são devolvidas?
>Em que cofres estão os milhões de reais desviados do patrimônio público?
>Os direitos dos cidadãos, numa democracia, são realmente iguais?
Observações:
>O homem, com idade em torno de sessenta anos, que tentou ser vendedor ambulante, sem ter licença, provavelmente amarga seus dias numa prisão lotada de marginais. >Enquanto isso, muitos bandidos, de paletó e gravata deslizam pelos corredores da fama, distribuindo sorrisos e “santinhos”, angariando votos para mais um mandato.
Conclusão:
>Esse não é um fato isolado. Neste momento, em algum lugar, alguém deve estar sendo humilhado injustamente. Algum cidadão trabalhador, não está recebendo o justo pelo seu desempenho. Porém, muitos rios derramam cachoeiras de mercadorias, em bolsos e bolsas sem alvará de funcionamento.
As dores sociais continuarão a existir enquanto as leis não forem aplicadas indistintamente para todo e qualquer cidadão.
Edison Borba



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