sábado, 12 de maio de 2012

MÃES

Maio mês das noivas. Das mulheres que sonham com o dia mais feliz de suas vidas. Vestidas de branco, caminhar pela nave de uma igreja, para encontrar o príncipe. O seu encantado príncipe. Sonhos que nem sempre se transformam em felicidade, mas em pesadelos.
Mas, vale arriscar! Vale sonhar! Imaginar que serão felizes para sempre!

Muitas dessas mulheres transformam-se em mães e irão de juntar a tantas outras, que também são mães. Nem sempre, seus filhos são produtos de sonhos e de casamentos realizados dentro dos padrões que a sociedade estabelece.

Mas, mãe é uma condição sem questionamentos. É uma experiência somente das mulheres. Todas, sem exceção. O sentimento de maternidade é genético e está inserido no genoma feminino. Mesmo sem parir, uma mulher sabe definir o que é ser mãe!

Mães solteiras, abandonadas enganadas, por um momento de amor.

Mães precoces, meninas brincando com bonecos vivos.

Mães independentes, uma ficha de arquivo, alguns espermatozóides e realizam o sonho.

Mães trabalhadoras, jornada dupla de trabalho. Incansáveis!

Mães babás cuidam do filho da patroa enquanto o seu espera por amor.

Mães abandonadas, solitárias em asilos esperam pelos filhos que não as visitam.

Mães viúvas, assumindo um duplo papel.

Mães presidiárias seguram a “onda” do cárcere e a distância dos filhos.

Mães saudosas por filhos que voaram do ninho e hoje vivem distante.

Mães adotivas geram em seus corações enquanto outras o fazem nos úteros.

Mães da Praça da Sé que esperam. Esperam. Esperam.

Mães de filhos mortos e quartos vazios. Enterram seus filhos e seus sonhos.

Mães de presidiários, que se questionam: porque meu filho?

Mães das mães, as avós.

A todas vocês, respeito e carinho!

As que habitam nosso imaginário - saudade!

Edison Borba






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