Mas,
vale arriscar! Vale sonhar! Imaginar que serão felizes para sempre!
Muitas
dessas mulheres transformam-se em mães e irão de juntar a tantas outras, que
também são mães. Nem sempre, seus filhos são produtos de sonhos e de casamentos
realizados dentro dos padrões que a sociedade estabelece.
Mas,
mãe é uma condição sem questionamentos. É uma experiência somente das mulheres.
Todas, sem exceção. O sentimento de maternidade é genético e está inserido no
genoma feminino. Mesmo sem parir, uma mulher sabe definir o que é ser mãe!
Mães
solteiras, abandonadas enganadas, por um momento de amor.
Mães
precoces, meninas brincando com bonecos vivos.
Mães
independentes, uma ficha de arquivo, alguns espermatozóides e realizam o sonho.
Mães
trabalhadoras, jornada dupla de trabalho. Incansáveis!
Mães
babás cuidam do filho da patroa enquanto o seu espera por amor.
Mães
abandonadas, solitárias em asilos esperam pelos filhos que não as visitam.
Mães
viúvas, assumindo um duplo papel.
Mães
presidiárias seguram a “onda” do cárcere e a distância dos filhos.
Mães
saudosas por filhos que voaram do ninho e hoje vivem distante.
Mães
adotivas geram em seus corações enquanto outras o fazem nos úteros.
Mães
da Praça da Sé que esperam. Esperam. Esperam.
Mães
de filhos mortos e quartos vazios. Enterram seus filhos e seus sonhos.
Mães
de presidiários, que se questionam: porque meu filho?
Mães
das mães, as avós.
A
todas vocês, respeito e carinho!
As
que habitam nosso imaginário - saudade!
Edison
Borba
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