quarta-feira, 27 de junho de 2012

ATITUDE DE MÃE

O mês de junho, marcou as cidades de São Paulo  e Rio de Janeiro, por dois trágicos acontecimentos, que tiveram como protagonistas, mulheres mães.
Em São Paulo, um atropelamento. Ao atravessar uma rua, pela faixa de pedestres, mulher que carregava no colo, sua pequena filha, é atropelada. Pessoas que assistiram o terrível acontecimento, afirmaram que a criança foi salva, pela atitude da mãe.
No Rio de Janeiro, outro caso envolvendo relação mãe  e filha, emocionou a cidade. A morte da mulher, que estando em meio a um forte tiroteio, cobre a garotinha com seu corpo.
Duas mortes. Duas mulheres. Duas crianças. Duas atitudes de mãe.
O que diferencia o comportamento materno dos demais?
Haverá algum componente genético, que leva a tomada desse tipo de atitude.
O que leva uma pessoa a proteger outra, colocando em risco à sua própria vida?
Nas diversas espécies de animas que habitam o nosso planeta, é comum observar as fêmeas promovendo a segurança de seus filhotes. Por mais, que os machos, incluindo aqui os homens, estejam presentes na proteção da sua prole, a atitude maior vem do organismo feminino.
A gestação pode ser a resposta para atitude tão heroica. Manter em seu corpo, por um longo período  outro organismo, é uma responsabilidade que não  termina no momento do parto. Durante o tempo que o bebê sobrevive dentro do útero materno, ele passa a ter uma relação orgânica, isto é, ele é mais um órgão, que compõem o organismo da mulher. A relação mãe e filho é  difícil de entender, pois trata-se de uma relação das mais íntimas que conhecemos, da mesma forma que é complexa, compreendermos o funcionamento do nosso organismo.
Quando sentimos a presença de um algum órgão, é sinal de que ele não está funcionando bem. Coração, pulmões, rins e tudo o que existe dentro de nosso corpo, quando em harmonia, não percebemos a sua existência. É provável que a relação maternal, tenha essa conotação. Quando o filho está com saúde e em segurança, a relação segue tranquila. Porém, quando algo ameaça surge à reação de defesa. Da mesma forma que procuramos um cardiologista, quando sentimos que algo não vai bem como o nosso coração, as mães, protegem seus filhos contra os perigos.
As atitudes de defesa e os atos heroicos são compreensíveis quando pensamos através desse ângulo. Um filho é  parte integrante do organismo materno. Perdê-lo é sentir a dor da mutilação. É ter a amputação de um órgão, portanto, para manter a  integridade de seus filhos, só existe uma explicação, que pode ser entendida através das atitudes das mães.
Edison Borba

Nenhum comentário:

Postar um comentário