O
mês de junho, marcou as cidades de São Paulo
e Rio de Janeiro, por dois trágicos acontecimentos, que tiveram como
protagonistas, mulheres mães.
Em
São Paulo, um atropelamento. Ao atravessar uma rua, pela faixa de pedestres,
mulher que carregava no colo, sua pequena filha, é atropelada. Pessoas que
assistiram o terrível acontecimento, afirmaram que a criança foi salva, pela
atitude da mãe.
No
Rio de Janeiro, outro caso envolvendo relação mãe e filha, emocionou a cidade. A morte da
mulher, que estando em meio a um forte tiroteio, cobre a garotinha com seu
corpo.
Duas
mortes. Duas mulheres. Duas crianças. Duas atitudes de mãe.
O
que diferencia o comportamento materno dos demais?
Haverá
algum componente genético, que leva a tomada desse tipo de atitude.
O
que leva uma pessoa a proteger outra, colocando em risco à sua própria vida?
Nas
diversas espécies de animas que habitam o nosso planeta, é comum observar as
fêmeas promovendo a segurança de seus filhotes. Por mais, que os machos,
incluindo aqui os homens, estejam presentes na proteção da sua prole, a atitude
maior vem do organismo feminino.
A
gestação pode ser a resposta para atitude tão heroica. Manter em seu corpo, por
um longo período outro organismo, é uma
responsabilidade que não termina no
momento do parto. Durante o tempo que o bebê sobrevive dentro do útero materno,
ele passa a ter uma relação orgânica, isto é, ele é mais um órgão, que compõem
o organismo da mulher. A relação mãe e filho é
difícil de entender, pois trata-se de uma relação das mais íntimas que
conhecemos, da mesma forma que é complexa, compreendermos o funcionamento do
nosso organismo.
Quando
sentimos a presença de um algum órgão, é sinal de que ele não está funcionando
bem. Coração, pulmões, rins e tudo o que existe dentro de nosso corpo, quando
em harmonia, não percebemos a sua existência. É provável que a relação
maternal, tenha essa conotação. Quando o filho está com saúde e em segurança, a
relação segue tranquila. Porém, quando algo ameaça surge à reação de defesa. Da
mesma forma que procuramos um cardiologista, quando sentimos que algo não vai
bem como o nosso coração, as mães, protegem seus filhos contra os perigos.
As
atitudes de defesa e os atos heroicos são compreensíveis quando pensamos
através desse ângulo. Um filho é parte
integrante do organismo materno. Perdê-lo é sentir a dor da mutilação. É ter a
amputação de um órgão, portanto, para manter a integridade de seus filhos, só existe uma
explicação, que pode ser entendida através das atitudes das mães.
Edison
Borba
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