quinta-feira, 21 de junho de 2012

A MODELO

Lá vai a modelo desfilando pela passarela linda, magra, elegante. Vestidos longos, saias curtas, botas, sapatos de salto, sandálias, blusas e casacos.
Lá vai a modelo desfilando pela passarela exalando perfumes, deslizando como um pássaro, rodopiando como um pião.
Lá vai a modelo desfilando pela passarela exibindo sorrisos, fazendo caras e bocas, mostrando “biquinho” para realçar a cor do seu batom.
Lá vai a modelo desfilando pela passarela distribuindo olhares, piscando os olhinhos para que todos vejam, seus  cílios postiços.
Lá vai a modelo, pendurando vestidos como fazem os cabides guardados no armário.
Lá vai a modelo viajando para outro país, levando enorme bagagem em malas de luxo. Sob os óculos escuros tenta um disfarce
Lá vai a modelo nas asas da aviação. Feliz e contente está no avião.
Lá vai a modelo carregando em seu ventre um pequeno bebê.
Lá está a modelo em outro país.
Em outras paragens, a bela mulher desfila palavras para todos os jornais. Desafia os homens, com quem fez amor.
Lá está  a modelo anunciando um pai, entre tantos amores, efêmeros amores.
Lá está a modelo brincando com vidas. A sua, a deles e a de quem vai nascer.
Lá está a mulher, que não pode ser modelo.
Modelo a não ser imitado nas passarelas da vida, de sérios amores e valores, que apesar do tempo, não mudam jamais.
Edison Borba

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