Ônibus
invade uma calçada e mata cinco pessoas.
Médicos
e estudantes fazem passeata solicitando melhores condições de trabalho e
estudo, além de discutirem questões salariais.
A
chuva e o frio leva as equipes de
Serviço Social a recolherem moradores de rua para abrigos.
Uma
caixa de isopor encontrada no centro da cidade continha crânios humanos. A
polícia investiga a origem do material.
Grande
mobilização da polícia e forças armadas ocupa as ruas para dar segurança às
autoridades que visitarão a cidade durante o evento RIO + 20.
Polícia
intensifica rondas na região portuária da cidade, onde cresce o uso do crack.
Árvores
são cortadas na Praça Barão de Ladário, General Dionísio e Voluntários da
Pátria, sem que seja providenciado o plantio de novas espécies. Fato que
contraria as discussões da RIO+20, que defende o meio ambiente.
O
corredor expresso BRT Transoeste (Barra-Campo Grande) terá horário de circulação
e número de estações ampliados.
Assim
são as ruas do Rio de Janeiro. Ruas iguais as de todo o mundo. Provavelmente
acontecimentos semelhantes estão acontecendo nas ruas de Paris, Belo Horizonte,
Londres, Heidelberg, Arapiraca, Lisboa, Barcelona, Porto Alegre, Itaperuna,
Tóquio, Sidney, Teresina, Pequim, Buenos Aires, Havana, Uganda ou em Blumenau.
Observando
as devidas diferenças sociais, climáticas e educacionais de cada povo, rua é
sempre rua, palco de acontecimentos semelhantes.
Quando
uma árvore é cortada, não importa em que local, o sofrimento da natureza é o mesmo.
Quando
um acidente de trânsito ocorre, seja numa cidade grande ou num pequeno
município, a dor das pessoas envolvidas é a mesma.
Quando
humanos se envolvem com drogas nos becos
e esquinas das pobres comunidades ou nas avenidas luxuosas o sentimento de
desvalia é o mesmo.
Quando
o inverno e o frio congelam corpos de crianças e idosos, não importa o país, a
cultura, o poder financeiro nem a renda do produto interno bruto, a tristeza de
ter não um abrigo é chocante.
Ruas,
becos, vielas, avenidas e alamedas.
Calçadas
e marquises.
Vitrines!
Exibidas e lindas vitrines.
Manequins,
roupas, brinquedos e doces - enfeites e deleites para uns e desejos frustrados
para outros.
Postes
e luzes iluminam as ruas ricas ou pobres caminho de vidas, sonhos e destinos.
Ruas
lotadas sob a luz do sol ou vazias escuras e sombrias em noites sem lua serão
sempre os lugares mais democráticos do mundo. Em seus pisos, não importa se os pés
estão nus ou cobertos por lindos sapatos. Todos são iguais quando pisam nos
seus tapetes e deixam indelevelmente suas marcas.
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