Durante
o grande evento acontecido no Rio de Janeiro em 1992, vivenciamos palestras,
discursos, promessas, acordos, documentos assinados por diversos representantes
de muitos países. Mil novecentos e noventa e dois, um ano para ficar na
história. Pessoas de todo o mundo reunidas e aparentemente unidas em torno de
um só ideal: melhorar as condições ecológicas, sociais e humanas no planeta
Terra. Fome, miséria, distribuição de riquezas, proteção às crianças, jovens e
idosos, as questões indígenas, nossas águas, poluição, desmatamento, saúde,
educação, produção excessiva de lixo e poluição de uma maneira geral foram
apenas algumas das questões tratadas durante o evento.
Também
aconteceram festas, danças, encontros, demonstrações culturais, encontros entre
as mais diferentes “tribos”. Pequenos acordos também foram firmados e compromissos
assumidos.
Após
vinte anos, chegamos à triste conclusão que muito pouco foi feito. Quase nada
foi honrado. Os avanços foram insignificantes ao tamanho dos problemas.
Nações
continuam empobrecidas e povos explorados. O solo devastado, os rios
assoreados, os oceanos e mares depósitos de lixo. As populações não
assimilaram, por falta de um processo educativo eficiente, as formas corretas
de lidarem com o lixo doméstico. Nada, ou quase nada é feito no sentido da
separação dos detritos. Ainda lidamos com os lixões e malefícios que eles
trazem à saúde das pessoas e do meio ambiente.
As
cíclicas enchentes da Amazônia estão se tornando mais graves em função dos
desmatamentos e da produção desordenada de lixo. Foi apavorante ver a
quantidade de detritos boiando nas águas amazônicas.
A
seca cada vez maior nos estados do nordeste e também na região sul são sinais de que deixamos passar
vinte anos sem providências adequadas. A lista de animais em extinção aumentou
nesse tempo. A degradação de áreas de florestas e a destruição dos mangues são
cada vez maiores e incontroláveis. Vazamentos de petróleo nas águas oceânicas
destruindo fauna e flora, nos leva às lágrimas. Lamentavelmente não se trata de
problemas apenas brasileiros, em todo o mundo o comportamento humano não se
alterou consideravelmente após a reunião da RIO 92.
Hoje,
vinte anos depois os povos voltam a se reunir para fazer um balanço do que foi
e do que não foi feito!
Talvez
seja necessário, aproveitando a ocasião, que antes das reuniões iniciarem, que
se realizasse uma grande corrente. Uma corrente Universal. Todos, homens
mulheres, ricos e pobres. Crianças, jovens e adultos. Famosos e não famosos. Povo das florestas, das
montanhas, do asfalto, os ribeirinhos. Os que habitam comunidades carentes e os
que vivem em palácios, todos sem exceção e juntos fizessem um juramento,
daqueles que saem do do coração, do
interior da alma – UM JURAMENTO DE AMOR AO PRÓXIMO, À NATUREZA E TUDO QUE NELA
EXISTE E HABITA!
Quem
sabe, agindo assim possamos ficar mais tranqüilos com os próximos vinte anos!
Edison
Borba
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