terça-feira, 12 de junho de 2012

RIO, MAIS 20?

Durante o grande evento acontecido no Rio de Janeiro em 1992, vivenciamos palestras, discursos, promessas, acordos, documentos assinados por diversos representantes de muitos países. Mil novecentos e noventa e dois, um ano para ficar na história. Pessoas de todo o mundo reunidas e aparentemente unidas em torno de um só ideal: melhorar as condições ecológicas, sociais e humanas no planeta Terra. Fome, miséria, distribuição de riquezas, proteção às crianças, jovens e idosos, as questões indígenas, nossas águas, poluição, desmatamento, saúde, educação, produção excessiva de lixo e poluição de uma maneira geral foram apenas algumas das questões tratadas durante o evento.
Também aconteceram festas, danças, encontros, demonstrações culturais, encontros entre as mais diferentes “tribos”. Pequenos acordos também foram firmados e compromissos assumidos.
Após vinte anos, chegamos à triste conclusão que muito pouco foi feito. Quase nada foi honrado. Os avanços foram insignificantes ao tamanho dos problemas.
Nações continuam empobrecidas e povos explorados. O solo devastado, os rios assoreados, os oceanos e mares depósitos de lixo. As populações não assimilaram, por falta de um processo educativo eficiente, as formas corretas de lidarem com o lixo doméstico. Nada, ou quase nada é feito no sentido da separação dos detritos. Ainda lidamos com os lixões e malefícios que eles trazem à saúde das pessoas e do meio ambiente.
As cíclicas enchentes da Amazônia estão se tornando mais graves em função dos desmatamentos e da produção desordenada de lixo. Foi apavorante ver a quantidade de detritos boiando nas águas amazônicas.
A seca cada vez maior nos estados do nordeste e também na  região sul são sinais de que deixamos passar vinte anos sem providências adequadas. A lista de animais em extinção aumentou nesse tempo. A degradação de áreas de florestas e a destruição dos mangues são cada vez maiores e incontroláveis. Vazamentos de petróleo nas águas oceânicas destruindo fauna e flora, nos leva às lágrimas. Lamentavelmente não se trata de problemas apenas brasileiros, em todo o mundo o comportamento humano não se alterou consideravelmente após a reunião da RIO 92.
Hoje, vinte anos depois os povos voltam a se reunir para fazer um balanço do que foi e do que não foi feito!
Talvez seja necessário, aproveitando a ocasião, que antes das reuniões iniciarem, que se realizasse uma grande corrente. Uma corrente Universal. Todos, homens mulheres, ricos e pobres. Crianças, jovens e adultos.  Famosos e não famosos. Povo das florestas, das montanhas, do asfalto, os ribeirinhos. Os que habitam comunidades carentes e os que vivem em palácios, todos sem exceção e juntos fizessem um juramento, daqueles que saem do  do coração, do interior da alma – UM JURAMENTO DE AMOR AO PRÓXIMO, À NATUREZA E TUDO QUE NELA EXISTE E HABITA!
Quem sabe, agindo assim possamos ficar mais tranqüilos com os próximos vinte anos!
Edison Borba

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