domingo, 10 de junho de 2012

ESPÉCIE HUMANA EM PERIGO!

Quando eu era criança, minha mãe trazia as compras da feira, em bolsas feitas de pano. Eram coloridas e confeccionadas com pequenos retalhos de diversos tipos de tecidos. Meu irmão tinha um carrinho de madeira e rolimã, que também era usado para pequenos transportes.
Feijão, arroz e farinha eram comercializados por quilo e colocados em sacos de papel. Carne, ovos e peixe embrulhados, também com papel. Os refrigerantes e o leite eram comprados em garrafas de vidro retornáveis.
Não havia sacolas “plásticas” nem latinhas. Usava-se guardanapos e  coador de café  feitos de pano que eram lavados e reutilizados.
Os aparelhos, como televisões e geladeiras, eram duráveis. E dificilmente apresentavam defeitos. As casas mobiliadas com objetos resistentes e duráveis.
O progresso nos trouxe muitas “coisas” boas. Não podemos negar os grandes avanços em diversas áreas, isso é muito louvável.
Porém, alguns produtos foram inseridos em nossas vidas sem que houvesse um estudo sobre seus usos e nem preocupação sobre suas ações em relação ao meio ambiente e sobre as nossas vidas. Sacos de plástico, latinhas para refrigerantes, desodorantes em spray, além de outras tantas modernidades que usados em excesso e de forma inadequada causaram grandes danos ao meio ambiente e consequentemente sobre a  saúde da humanidade.
Atualmente campanhas são intensificadas para mudarmos alguns hábitos, que nada mais são do que um retorno ao passado.
Chegamos a um patamar onde só nos resta parar, refletir e em alguns casos resgatar antigas formas de vida. Para que os movimentos ecológicos possam atingir seus objetivos, será necessário nos despirmos de algumas vaidades e fazer uma viagem ao passado resgatando o que for benéfico para a nossa sobrevivência. Será preciso encontrar um caminho entre o moderno e o antigo, tirando de cada um aquilo que for melhor para todos nós. Alguns “confortos” precisarão ser deixados em função da manutenção do equilíbrio ecológico. Diminuir a quantidade de produtos químicos que cada um de nós utiliza diariamente para a higiene pessoal e ambiental, será um sacrifício necessário.
Precisamos rever o uso de sabões, sabonetes, desodorantes, detergentes e muitos outros elementos que estão causando grandes danos aos diversos ecossistemas.
Perdemo-nos no combate às grandes ações de desmatamento pelo corte de árvores e por queimadas, os garimpos desregrados e a contaminação das águas de rios e lagoas, também são grandes problemas ambientais. A grande poluição oceânica é outro desastre que temos enfrentado constantemente.
Com a chegada da RIO + 20, será necessário que cada cidadão se conscientize sobre suas ações em particular, sem a qual não haverá uma consciência globalizada. É preciso lembrar que esse evento  NÃO É UMA FESTA!
Desde a  RIO 92, até os dias de hoje, avançamos muito pouco quanto aos aspectos de uma consciência sobre meio ambiente e humanidade.
Não existe um meio ambiente separadamente dos seres animais, vegetais e humanos. Nós todos somos o ambiente. É inconsistente o discurso de “vamos salvar o meio” como se nós fossemos algo em separado. O meio ambiente sempre existirá, mesmo que em péssimas condições para a vida humana. Nós é que estamos em extinção à medida que alteramos os nichos ecológicos. Salvar a mata pela mata, sem a percepção de que nós somos seus dependentes  chega a ser ingênuo. Proteger o mico-leão-dourado sem observar que ele faz parte de uma cadeia alimentar que será abalada com o seu desaparecimento é extremamente falho. Precisamos de uma conscientização clara de que nós precisamos de um meio ambiente saudável. Nossa sobrevivência é que está em perigo. O meio ambiente poderá se modificar e o planeta Terra ter a sua atmosfera transformada de tal forma que a espécie humana desaparecerá. Mas, o meio ambiente continuará a existir sob outras condições, físico químicas, nós humanos é que estamos em perigo de sermos extintos!
Edison Borba



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