Amor
e morte duas palavras quando entrelaçadas podem assustar. ”Amoremorte” ou
“amorte”: nesse jogo de letras que formam as duas palavras, percebe-se que as
duas se entrelaçam, originando um contexto desagradável.
Nos
últimos meses, nosso noticiário tem estado repleto de casos de amor e morte.
Crimes cuja justificativa é o excesso de amor. O ciúme, grande companheiro das
paixões é apontado como o culpado das tragédias.
Desde
o início de 2012, eu perdi a conta do número de casos publicados pela imprensa
envolvendo casais, parceiros e amantes.
Maridos
traídos, exmaridos inconformados, namorados abandonados, casos mal resolvidos,
paixões descontroladas, sexo não correspondido são tênues desculpas usadas na
tentativa de justificar o crime.
Assustadoramente,
a maioria dos casos, o homem aparece como o algoz. Herdeiro do antigo, mas
atual machismo, os homens modernos ainda trazem em seu conjunto genético, genes
deletérios que lembram os antigos trogloditas.
Apesar
da educação e socialização da humanidade, os resquícios pré-históricos
prevalecem em alguns momentos. Eles se sobrepõem às mais modernas técnicas
pedagógicas e pregações religiosas.
O
homem moderno, nascido nos atuais séculos, comporta-se como os habitantes das
cavernas quando o assunto se relaciona à sua posse sexual. Atitudes bárbaras, o
uso de métodos canibalescos, deixam claro que ainda há um longo caminho, até
que o nosso genoma fique totalmente livre dos nossos ancestrais.
Quanto
às mulheres, algumas poucas vezes, elas parecem nos noticiários policiais, e
quando envolvidas com o crime do parceiro, na maioria das vezes, existe uma
justificativa relativamente aceitável. Os casos mais drásticos, a ré geralmente
é portadora de algum desequilíbrio em sua estrutura mental.
Portanto,
mais uma vez, eu retorno ao assunto da necessidade de termos uma educação mais
clara e objetiva sobre amor, relacionamentos, convivência, controle emocional,
relações sexuais afetivas e tudo o que possa melhorar os relacionamentos
humanos independentemente do tipo de parcerias.
Enquanto
a sociedade não se mobilizar e agir, continuaremos a ler nos noticiários
histórias de crimes passionais.
Relembrando
um antigo ditado: - quem ama não mata!
Edison
Borba
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