quinta-feira, 26 de julho de 2012

AMOR É MORTE?

Amor e morte duas palavras quando entrelaçadas podem assustar. ”Amoremorte” ou “amorte”: nesse jogo de letras que formam as duas palavras, percebe-se que as duas se entrelaçam, originando um contexto desagradável.
Nos últimos meses, nosso noticiário tem estado repleto de casos de amor e morte. Crimes cuja justificativa é o excesso de amor. O ciúme, grande companheiro das paixões é apontado como o culpado das tragédias.
Desde o início de 2012, eu perdi a conta do número de casos publicados pela imprensa envolvendo casais, parceiros e amantes.
Maridos traídos, exmaridos inconformados, namorados abandonados, casos mal resolvidos, paixões descontroladas, sexo não correspondido são tênues desculpas usadas na tentativa de justificar o crime.
Assustadoramente, a maioria dos casos, o homem aparece como o algoz. Herdeiro do antigo, mas atual machismo, os homens modernos ainda trazem em seu conjunto genético, genes deletérios que lembram os antigos trogloditas.
Apesar da educação e socialização da humanidade, os resquícios pré-históricos prevalecem em alguns momentos. Eles se sobrepõem às mais modernas técnicas pedagógicas e pregações religiosas.
O homem moderno, nascido nos atuais séculos, comporta-se como os habitantes das cavernas quando o assunto se relaciona à sua posse sexual. Atitudes bárbaras, o uso de métodos canibalescos, deixam claro que ainda há um longo caminho, até que o nosso genoma fique totalmente livre dos nossos ancestrais.
Quanto às mulheres, algumas poucas vezes, elas parecem nos noticiários policiais, e quando envolvidas com o crime do parceiro, na maioria das vezes, existe uma justificativa relativamente aceitável. Os casos mais drásticos, a ré geralmente é portadora de algum desequilíbrio em sua estrutura mental.
Portanto, mais uma vez, eu retorno ao assunto da necessidade de termos uma educação mais clara e objetiva sobre amor, relacionamentos, convivência, controle emocional, relações sexuais afetivas e tudo o que possa melhorar os relacionamentos humanos independentemente do tipo de parcerias.
Enquanto a sociedade não se mobilizar e agir, continuaremos a ler nos noticiários histórias de crimes passionais.
Relembrando um antigo ditado: - quem ama não mata!
Edison Borba

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