terça-feira, 3 de julho de 2012

MASCULINO E FEMININO

O meio ambiente é um grande aliado da Genética. Todos os fatores que herdamos, irão se manifestar de forma mais ou menos adequada, conforme o ambiente em que estivermos vivendo. A alimentação é indispensável para que possamos desenvolver nossas características. Para formarmos um organismo forte e saudável, precisamos de nutrientes para que a nossa herança genética possa se manifestar de forma equilibrada. Junto com a alimentação, também somos moldados conforme a educação que recebemos. Alimentação e educação além de muitos outros fatores, é que nos ajudarão a desenvolvermos nossos caracteres adequadamente.
A nível de gênero, ser masculino ou feminino, dependerá de uma sequência de influências, que se iniciam com as heranças genéticas. O cariótipo masculino deve conter o cromossomo Y, enquanto no feminino esse cromossomo não aparece. Determinamos o homem geneticamente por XY e as mulheres XX. Esse é o padrão de normalidade genética sexual da espécie humana. Porém, para chegarmos até a idade adulta e exibirmos características, social e psicologicamente relacionadas ao nosso gênero genético, temos um longo caminho a percorrer, durante o nosso desenvolvimento.
Dois artistas do meio musical brasileiro compuseram músicas, que foram bastante polemizadas. Gilberto Gil, ao compor Super-Homem, a Canção, coloca em seus  versos
“Um dia vivi a ilusão de que ser homem bastaria / Que o mundo masculino tudo me daria / Do que eu quisesse ter / que nada, minha porção mulher que até então se resguardara / É a porção melhor que trago em mim agora / É o que me faz viver”.
Pepeu Gomes, por sua vez, em Masculino e Feminino, música de sua autoria, canta: “Ser um homem feminino / Não fere o meu lado masculino”.
Segundo Bernardo Beiguelman, no livro Citogenética Humana os seres humanos, para poderem ser “enquadrados” nos gêneros masculino ou feminino, deverão percorrer uma trajetória, a partir da fecundação, quando se estabelece o sexo cromossômico. Segundo ele, até a sétima semana, sob o ponto de vista anatômico, o embrião humano é sexualmente neutro. A partir desta gônada (indiferenciada), outras etapas deverão se seguir para a formação do aparelho genital interno e externo, formando o que chamamos de sexo genital. Observando que as porções masculinas e / ou femininas irão se desenvolver ou regredir, conforme a orientação genética e sob a influência do meio. Um bebê ao nascer exibe um sexo genital externo que deve estar coerente com as estruturas internas. Quando chega a puberdade, as gônadas dão início à produção mais extrema de substâncias hormonais e, a partir dessas funções bioquímicas é que se inicia a diferenciação física / funcional. Tudo isso, sob a ação do meio   é que poderá originar o masculino e o feminino, com seus papéis definidos, dependendo de cada sociedade na qual o indivíduo está inserido.
Portanto, ser masculino ou feminino é algo que depende de vários fatores externos atuando sobre os internos. Além disso, existe em cada um de nós, um pouco do gênero oposto. Os cientistas utilizam termos como regredir umas estruturas para permitir a formação de outras. Logo as porções masculinas  e femininas estão presentes em ambos os gêneros.
Discriminação? Que atitude sem sentido!
Edison Borba

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