Eu
considero-me um noveleiro assumido. Sempre que posso, assisto aos capítulos das
novelas trocando de canal, para acompanhar as tramas das histórias que são transmitidas em mais de
uma emissora de televisão.
Esse
hábito, ou vício herdei de meus pais, que acompanhavam as radionovelas,
transmitidas principalmente pela Rádio Nacional.
Ainda
guardo na memória as emoções do grande sucesso: O DIREITO DE NASCER. Toda a
família reunida na sala em torno do rádio acompanhando atentamente, o
sofrimento da “mamãe Dolores”, que guardava o grande segredo do Albertinho
Limonta.
Noites
e noites durante meses, as emoções envolvendo adultos e crianças.
Cresci
neste ambiente e atualmente, as telenovelas substituíram o rádio, mas o encantamento
continua o mesmo.
As
reprises transmitidas no horário da tarde, algumas repetidas várias vezes.
Depois seguem as das seis, das sete, das nove e das onze. Algumas vezes, surgem
as mini-séries, que são as novelas em menor número de capítulos.
Os
canais disputam telespectadores, muitas vezes apelando para cenas pouco
recomendáveis e de pouco valor artístico. O nudismo e o sexo “quase” explícito
tem substituído as boas interpretações e encobrindo textos de pouco valor.
Violência gratuita, apenas para agradar ao patrocinador, também é outra
vertente que serve aos maus atores e atrizes.
Por
exigência de mercado, muitas vezes nos empurram pela nossa garganta, jovens
descamisados e mulheres popuzudas, que se dizem artistas da interpretação.
Sem
nenhum saudosismo, lembramo-nos dos excelentes textos e dos grandes espetáculos
exibidos pela extinta, Televisão Tupi. Não há como não ter grandes e boas
lembranças do Grande Teatro Tupi.
Mas,
analisando o que temos hoje, circulamos entras as Máscaras e Carrosséis.Mergulhamos
na história da Garota Travessa que entra em competição com os Chocolates Apimentados.
Atravessamos a Avenida Brasil juntos com
os Rebeldes de Malhação e braços dados com o Eterno Amor, encontramos a Maria
do Bairro e seguimos constrangidos para a “nova” Gabriela.
Durante
esse percurso,estão as Marias , “Cheias de Charme”que nos conduzem ao mundo
encantado das boas novelas.
Amor,
alegria, mistério, risos, gargalhadas, emoções, mocinhos, bandidos todos os
ingredientes que transformaram esse folhetim num momento família.
Sem
exageros sexuais. Sem linguagem inadequada. Muita música e com um excelente
grupo de atores e atrizes, essa novela é sem dúvida uma aula de entretenimento.
Parabéns
para as “empreguetes” e para as “patroetes” que sob a batuta de Chayene e sua
personal amiga, tornam as nossas noites mais felizes.
Nessa
hora vale a pena ser noveleiro!
Edison
Borba
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