Noite
de lua cheia. São Jorge de plantão. Milhares de torcedores. Homens, mulheres e
crianças todos loucos pelo timão.
Velas
acesas, joelhos no chão, terços nas mãos e muita fé no coração. Um mundo de
gente. Uma nação vestida de preto e branco cantando, gritando e empurrando os
onze jogadores, que mergulhados na
gritaria interminável e guiado pelas luzes do foguetório, corriam em campo,
buscando acertar o gol.
A
bola rola, o tempo passa e a emoção toma conta de todo àquela gente, que não
descansa, não para, não perde a esperança de poder soltar o grito.
Brasileiros
e argentinos, lutando como nas antigas arenas romanas. Vinte e dois gladiadores
correndo enlouquecidamente, travam uma
terrível batalha. Boca Juniors e
Corinthians, lutam pela posse da bola. Correm,
se esbarram, chutam, suam, gritam numa guerra de paz, onde o maior troféu é simplesmente colocar a “redonda” dentro da
rede.
O
tempo passa e lua continua prateando o
gramado. Algo chama a atenção de quem olha para o nosso astro prateado. Alguma
coisa está faltando na paisagem lunar. Após quarenta e cinco minutos de
iniciada a peleja, São Jorge, desceu até a Terra e com sua lança veio matar o
dragão portenho
Nos
minutos finais, embalados pela força da espada de Ogum, os onze corintianos,
voavam em campo, como se empurrados por uma energia mágica.
E
foi a partir dessa magia que sob a luz do luar nasceu o primeiro gol. Torcida
explode numa só voz, gritando gol, com tal força que estremeceu o solo brasileiro.
Mas
era necessário ir mais além para garantir a vitória. E mais uma vez, o milagre
se fez presente e como num passe de mágica a bola encontrou seu ninho, no fundo
da rede do Boca Junior.
Explode
torcida! Explode coração! Explode emoção!
E
lá se foi o Corinthias rumo ao título!
Parabéns
a toda nação corintiana. Ontem, dia 4 de julho de 2012, meu coração vascaíno
pulsou pelo Corinthias e pelo Brasil.
Edison
Borba
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