domingo, 8 de julho de 2012

EDUCAÇÃO AMBIENTAL?

Os moradores do Rio de Janeiro estão vivendo um momento de felicidade, com reconhecimento da cidade como “patrimônio da humanidade”. Com o recebimento dessa honraria, volta à mesa de debates os cuidados que precisamos ter para com o meio ambiente. Nos últimos anos, fala-se bastante da preservação e conservação da natureza, porém não conseguimos perceber grandes mudanças nos hábitos das populações. Com as enchentes na Amazônia, à quantidade lixo que veio à tona foi escandalosamente assustador. Aqui no Rio de Janeiro, as chuvas denunciam a enorme quantidade de dejetos que são jogados nas ruas A cada temporal, um mar de lama e lixo, cobre nossas ruas e entopem os bueiros, causando grandes problemas.
Provavelmente, a forma de passar mensagens educativas para o povo esteja soando de forma errônea. Quando se anuncia “educação ambiental”, temos a impressão que é o meio que precisa se educar para atender as necessidades e vontades do homem. A mensagem acaba passando uma inversão de valores. O processo tem que ser invertido para: “educação da humanidade”. Educação da criança, educação dos jovens, educação dos adultos, educação dos idosos, educação das mulheres, educação dos homens, educação de todos.
Educação dos empresários, educação dos políticos, educação de todos os profissionais, educação social.
Poderíamos encher páginas e páginas falando de educação, que ainda seria pouco para a importância desse termo.
Assistimos situações jocosas em relação à preservação do meio ambiente. Muitas vezes ao se promover uma festa ou um show para conscientização sobre o tema em questão, ficamos assustados com o rastro de destruição e de lixo deixado pelos participantes do movimento.
Cantar, dançar, gritar palavras de ordem só funciona se houver mudanças no comportamento de cada um dos envolvidos no evento. O divertimento tem ficado acima da importância do motivo que leva à realização da festa.
O Rio de Janeiro, ao receber esse título, também está recebendo a incumbência de cuidar dessa paisagem, que agora pertence ao mundo.
Todos nós “cariocas” temos que dar exemplo de boa educação, para que os nossos visitantes possam reproduzir bons atos e boas atitudes. Precisamos ser éticos para com a cidade. Nossos políticos precisam criar condições que facilitem a educação popular. Se não houver uma mudança radical no nosso comportamento, de nada adiantará ter o título.
Lamentavelmente, ando um pouco pessimista em relação às mudanças comportamentais dos seres humanos. O poeta e filósofo GENTILEZA, que deixou nos muros da cidade lindas mensagens, deveria ter seus ensinamentos seguidos à risca. Precisamos ser gentis  para com o meio ambiente. Termos atitudes éticas para com nossos rios, montanhas, praias, lagoas, árvores e tudo que recebemos dessa cidade. Enquanto não houver mudanças radicais na consciência humana, a natureza vai continuar sofrendo e se modificando de tal forma, que ela sobreviverá, em novas condições e quem será exterminado seremos nós e toda a nossa falta de educação.
A natureza agradecerá a extinção da espécie humana!
Edison Borba

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