Doze
de outubro, dia da criança. Uma data criada, como tantas outras que constam em
nosso calendário. Algumas festivas, outras nem tanto, pois lembram situações
trágicas. Dias religiosos e dias políticos ou históricos. Nossas agendas estão
repletas desse tipo de lembrança. Mas hoje, outubro, sexta-feira, dia doze do
ano de dois mil e doze são as crianças que estão em pauta.
Desde
o início da semana, o assunto criança tem sido abordado, mas o que realmente
observamos, são questões relativas aos presentes.
Jornalistas
perguntando aos adultos o que irão comprar. Outros entrevistando meninos e
meninas sobre o que gostariam de ganhar nesse dia especial. Afirmações do tipo:
“atualmente as crianças estão mais vaidosas”. Observação feita para incentivar
a comprar de roupas e produtos de beleza.
Mães,
ligando para salões de beleza, garantindo o atendimento de suas filhas. Manicura,
pedicura, escovas progressivas e maquiagem são usadas indiscriminadamente,
tratando as pequenas como adultas.
O
dia 12 de outubro, dia da criança, tornou-se comercialmente muito bom. Pais,
professores, avós, tios, padrinhos e outros adultos são empurrados para o
comércio temendo se transformarem em vilões.
Lojas
cheias e bolsos vazios. Comprar objetos para demonstrar afeto. Os abraços são
menos importantes que as bonecas, jogos, carrinhos entre outros produtos.
Fica
o alerta para esse dia. Lindo dia para refletirmos sobre nossos descendentes e
a forma como são tratados.
Dar
presente ou estar presente?
Criança
precisa de amor, carinho, atenção e boa alimentação.
Criança
precisa de aconchego, ouvir histórias,
brincar e cantar.
Brincar
com seus amiguinhos, com animais, sozinhas e com seus responsáveis.
Crianças
precisam participar da vida doméstica e escolar. Ouvir e serem ouvidas.
Criança
precisa de pais presentes. Professores presentes. Sociedade presente.
Crianças
precisam de respeito.
Não
basta “presentear” com objetos, é preciso “presentear” com amor.
Feliz
doze de outubro para todas as crianças do mundo!
Edison
Borba
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