Os vilões levam aos plantões ou os
plantões fazem os vilões?
Essa é a pergunta que não quer calar.
Os jornalistas, as televisões, os rádios
e tudo que se refere à comunicação “tá” mais feliz que pinto no lixo. Fazia tempo
que não havia tanto prato para ser servido ao povo. Com um cardápio recheado,
os cidadãos estão quase tendo indigestão de tantos vilões.
Em Brasília o mensalão revira o baú da
política e coloca a cara de conhecidos vilões novamente na mídia. Jornalistas
de plantão tentam explicar os votos contra ou a favor daqueles que formaram uma
das mais qualificadas quadrilhas.
Juízes condenam outros absolvem políticos e empresários, que brincaram de
esconde e esconde com o dinheiro do povo.
Valores, datas, agendas, secretárias e negociatas aparecem nos plantões
de notícias.
Simpáticos, bem vestidos, diplomados e ostentando
sorrisos, esses senhores e senhoras, sentem-se confortáveis como vilões. Eles acreditam que apesar de todo o movimentado
plantão de notícias, a última manchete, ainda poderá ser uma grande pizza
tamanho país.
Enquanto isso, em São Paulo, policiais são assassinados diariamente. Vilões do
tráfico possuem um cadastro atualizado com referências particulares e
familiares dos agentes da lei. Usando desse trunfo, escolhem suas vítimas sem
dificuldades. Diariamente os plantões jornalísticos noticiam nomes de policiais
civis, militares e até bombeiros, caçados pela máfia.
No Rio de Janeiro, a ocupação de mais
uma comunidade, coloca aos olhos do povo um dos mais perigosos vilões – o crack.
Distribuído sem controle por toda a
cidade, tornou-se famoso por destruir vidas. Vendido a qualquer cidadão,
incluindo crianças, esse monstro possui tentáculos perigosos e difíceis de
serem controlados. Plantões de notícias tornaram esse vilão bastante conhecido.
A grande questão é saber como detê-lo antes que chegue aos nossos lares.
E
para completar esse grande conjunto de vilões, as nossas novelas também contribuem
para que a população fique de plantão para ver o final das Odetes, Leôncios,
Nazarés, Jacksons e Carminhas.
Vilões de verdade ou criados pelos
escritores, são seres maléficos que encantam pela maldade.
Talvez psiquiatras e psicólogos de
plantão possam explicar essa magia. Essa atração que os vilões possuem sobre a
sociedade.
Muitos admiradores secretos, ainda
aplaudem o vilão, um mau caráter que aprontou durante toda a trama e fugiu,
dando uma banana para o público, para a ética, para a moral e para o Brasil.
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