domingo, 10 de março de 2013

BEIJO CRUEL

            Na história da humanidade, os beijos aparecem como símbolo de amor, paixão, carinho e traição. O beijo de Judas é uma dos mais questionados pelos estudiosos. Caracterizando traição e morte.
Os trocados entre Romeu e Julieta, representam paixão proibida. Até quando a morte já os separava um beijo selou a grande paixão. Representa até hoje um símbolo entre os apaixonados.
No cinema, teatro e televisão os artistas usam “um tal” de beijo técnico. Dizem  tratar-se apenas de uma representação labial, sem nenhum envolvimento emocional. Quem beija é o personagem, portanto os atores e atrizes não se envolvem na questão.
Beijar, atualmente, se transformou numa atitude banal. Entre os jovens, “rola” um papo sobre a quantidade de bocas beijadas durante uma balada. Trata-se apenas de uma troca salivar onde as bactérias é que fazem a festa. Mas, se o negócio é beijar, então que os micróbios sejam esquecidos e no final de uma noite o importante é contabilizar o número de bocas e beijos, somar aos de todas as festas e no final do mês reunir os amigos para saber quem foi o vencedor desse torneio “beijistico”.
As bitoca  são beijinhos rápidos e estalados, geralmente trocados entre amigos, avós e netinhos e significam carinho e ternura.
O mundo dos beijos é muito rico. São tantas as variedades, que cabe até  pesquisa de doutorado em diversas áreas.
Porém, entre essa diversidade de beijos existe uma modalidade  muito experimentada principalmente entre os atletas. Nesse campo os jogadores de futebol, têm sido as maiores vítimas. Muitos desses beijões acabam nos laboratórios de DNA. Já perdemos a conta do número de bebês produzidos durante os inflamados beijos entre as Marias Chuteira e os garanhões da bola. Até o rei do futebol faz parte desta memorável lista.
Todos os anos a galera se diverte com as polpudas pensões conseguidas pelas ”louraças” (tem morenas também) que após beijarem o atleta,  transformam-se em modelos, atrizes e bailarinas. Viram capa de revista, compram cobertura na Barra e são coroadas como rainhas de bateria de famosas Escolas de Samba. Conseguem independência financeira  sobem a escada da fama e passam a circular na “alta”( ? ) sociedade.
A última vítima desses cruéis beijos, esta na boca do povão. Um atleta em pleno brilho tricolor foi o premiado da vez. Desde que provou do veneno desse terrível beijo, perdeu um pouco do seu brilho. As bolas não acertam o alvo e toda a sua equipe parece estar sofrendo da síndrome do beijo cruel.
A beijadora em questão já começou a receber os louros da vitória. Convites para exibir suas curvas e retas numa revista masculina, entrevistas, assédio de jornalistas e muito mais. E ela nem vai precisar pedir DNA, havia entre eles uma chapa de metal da porta do carro.
Acho bom que o todo o time desse famoso clube busque proteção entre os santos, orixás, defumadores e benzeduras para ficarem livres da maldição desse beijo cruel.
Edison Borba

Nenhum comentário:

Postar um comentário