terça-feira, 26 de março de 2013

CATÁSTROFES - TRAGÉDIAS

            Não estou referindo-me a algum abalo sísmico, terremoto ou tsuname, a questão envolve relações humanas. Mais especificamente relacionamentos entre adultos e crianças. 
Que os historiadores, sociólogos, educadores e antropólogos entre outros estudiosos possam explicar  quais os motivos que estão levando a tantas hostilidades e crimes entre esses dois mundos.
Aqui no Rio de Janeiro, hoje, dia 26 de março, amanhecemos com algumas manchetes de jornais, que só podem ser classificadas como catástrofes ou tragédias..
Um menino de seis anos foi assassinado por asfixia, por uma mulher de 22 anos, que trabalhava como manicure de sua família. Isso aconteceu em Barra do Piraí, uma pacata cidade do interior do estado.
Outro fato assustador aconteceu aqui mesmo na cidade do Rio de Janeiro, numa escola municipal, situada num bairro da zona norte da cidade. Aluno de 15 anos agride a diretora da escola. A senhora foi hospitalizada e o jovem transferido para outra unidade escolar.
Um terceiro fato, que também está nas manchetes, envolve estupro. Pai, portador do vírus da AIDS, abusava da filha de 14 anos.
Essas tragédias, ou  catástrofes, nos colocam diante de uma situação verdadeiramente preocupante, as relações entre adultos e crianças. Temos observado o aumento de casos envolvendo esse tipo de relacionamento. Pais, mães, padrastos, madrastas e vizinhos envolvidos com espancamentos, torturas, violência sexual entre outros tipos de abusos.
Na outra ponta da tragédia, estão os traficantes, que cada vez mais, estão usando a “mão de obra” infantil para traficar, assaltar e até matar. De maneira sutil, e aproveitando as fragilidades das nossas leis, os adultos escapam da prisão. Crianças e jovens são apenas detidos por alguns dias ou horas e voltam a agir sob a regência dos bandidos.
Sejam os crimes ou violências isoladas, como a morte do menino, a agressão à diretora ou o estupro, outros envolvimentos perigosos entre adultos e crianças está se tornando uma terrível rotina. É complicado encontrar o polo gerador dessas tragédias. São questões sociais que envolvem educação, economia, vida em sociedade, políticas sociais entre tantos outros fatores.
Um país que se prepara para ser uma nova potência mundial, precisa estar atento para fatos que a princípio podem ter pouco significado. Mas, é como uma bola de neve, que ao rolar montanha abaixo vai aumentando até provocar uma trágica catástrofe.
Edison Borba

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