sexta-feira, 15 de março de 2013

HUGO CHAVES

A história está encarregada de avaliar mais um homem de ideias polêmicas e atitudes complexas, Hugo Chaves. Durante anos esteve à frente de seu povo, criando regras, ditando ordens e provocando amor e ódio. Ocupou páginas e páginas, de jornais e revistas. Esteve nos horários nobres dos telejornais. Foi entrevistado, vaiado e aplaudido. Ao morrer  sua personalidade será objeto de estudos, mas nunca haverá consenso sobre suas ações.
Mais um líder que irá se juntar a todos que compõem a vasta galeria de homens e mulheres que tiveram na terra um papel que levará muito tempo até que, se é que haverá,  uma explicação para a sua popularidade, dividida entre amor e ódio.
Nas Américas, outros nomes podem ser listados nessa complexa lista de contradições: Péron e sua esposa Evita, Getúlio Vargas, João Goulart e Fidel Castro  são apenas alguns nomes que não saem das pesquisas.
Todos foram extremamente populares. Todos provocaram amor e ódio. Todos se envolveram em situações inexplicáveis quando exerciam seus mandatos.
Na literatura mundial, esses nomes se aglomeram provocando até hoje dúvidas sobre as suas formas de agir.
Questionam-se o papel de líderes europeus, asiáticos e africanos além dos norte americanos e sul americanos, alguns pelas crueldades outros por relacionamentos afetivos ou por não assumirem atitudes mais claras quando diante de situações críticas.
Outra questão que envolve as pesquisas está nos motivos que levaram cidadãos a se juntarem a eles e colaborarem muitas vezes na prática de atrocidades.
Por que tantos homens e mulheres seguiram ordens e ajudaram na construção de governos rígidos, radicais, opressores colaborando para que  as suas ações se transformassem em grandes catástrofes.
Até hoje trememos de horror diante dos campos de concentração, espalhados pelo   mundo, perseguições, prisões e genocídios praticados por diferentes governos.
A pergunta continua: por que tantos homens e mulheres, cidadãos comuns, ajudaram a esses líderes  cometerem tantos atos no mínimo inexplicáveis.
Com a morte de Chaves, a Venezuela se divide entre Chavistas e não Chavistas. Como explicar a atitude desses grupos? Quem tem a razão? O que é melhor para os venezuelanos?
Talvez em algumas centenas de anos tenhamos diversas pesquisas históricas apontando para os dois lados. Haverá sempre a dúvida da razão.
Assim é a história.
Assim são os homens.
Assim caminha a humanidade em passos de formiga e sem vontade, conforme o poeta Lulu Santos, previu em uma das suas músicas.
Que venham os estudiosos e suas teses e questionamentos!
Edison Borba

 

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