segunda-feira, 11 de março de 2013

MONSTROS

Por que viramos monstros no trânsito? Pergunta escrita num pedaço de papelão e colocada num poste, na  Avenida  Paulista, centro da capital de São Paulo.
Ontem, domingo, dia 10 de março, um motorista de 22 anos embriagado, atropelou um jovem que seguia de bicicleta para o trabalho.
O impacto foi tão forte que um dos braços do ciclista, ficou preso no para-brisa do automóvel do atropelador.  O motorista, além de não parar para prestar socorro  à vítima, jogou o membro amputado, dentro de um córrego. Por este motivo, não será possível uma cirurgia de implante do braço.
Ciclistas de São Paulo organizaram um protesto, na mesma avenida onde ocorreu o acidente.
Fizeram barulho, pediram por justiça e deitaram-se no chão gritando palavras de ordem. Um dos manifestantes colocou num postes da via, o papelão com a frase, que contém uma das maiores verdades ditas até hoje sobre  a violência no trânsito.
Qual o motivo que nos leva a atitudes monstruosas, quando estamos à frente de nossos veículos? Por que  desrespeitamos as leis? Por que matamos? Por que bebemos e dirigimos?
Essas muitas outras perguntas precisam ser respondidas individualmente por todos nós. Quando  pedestres somos o “médico”, mas quando dirigimos somos o “monstro”. Uma dupla personalidade que parece existir em cada um de nós.
Como deter o monstro que assume o volante dos veículos que circulam diariamente por nossas ruas? Leis mais rígidas? Punições severas? Educação?
Qualquer que seja o caminho é preciso que haja uma ação rápida, para que histórias como essa não voltem a acontecer.
O motorista infrator apresentou-se à polícia acompanhado por um advogado, que alegou que seu cliente fugiu por medo de ser linchado. Obviamente, conforme o previsto nas leis brasileiras, o marginal negou-se a fazer o teste do bafômetro.
Provavelmente hoje ele já deve estar dirigindo um novo carro, feliz e contente. A família do jovem mutilado irá amargar junto com ele um longo e triste caminho de recuperação.
Sonhos perdidos, família em desespero e mais um caso para entrar nas listas das estatísticas.
Que horror!
Edison Borba
 
 

 

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