terça-feira, 15 de novembro de 2011

BRASIL REPÚBLICA

Desde o dia 15 de novembro do ano de 1889, quando foi proclamada a República no Brasil, muitos homens tiveram o poder dessa grande terra em suas mãos. Civis e militares de revezaram, numa incrível dança das cadeiras. Alguns eleitos, outros interinos e também ditadores passaram pela presidência. Não há como esquecer os que morreram antes de assumir o poder. Quis a sorte que esses homens não conseguissem exercer o tão almejado poder. Anos de fartura contrastando com anos de ditadura. Líderes envolventes, com discursos inflamados faziam o povo entrar em delírio. – “Trabalhadores do Brasil!” – frase marcante que é lembrada até hoje nos mais distantes recantos dessa Terra. “Cinco anos em cinco” foi outro jargão que mobilizou toda a população. Anos de festas e fantasias. O Brasil exalava progresso e a construção de Brasília, era um sonho de uma nova época. Infelizmente, haviam nuvens escuras se preparando para cobrir esse lindo país. Houve o que renunciou, deixando toda a população, até hoje sem saber que “forças ocultas” fizeram o homem da vassoura abandonar o poder. Esse ato, deu início à tempestade que durou muitos anos. O esposo  da mais bonita Primeira Dama, não resistiu à pressão e foi obrigado a fugir de sua pátria, indo buscar asilo em território amigo. Trono vazio trono ocupado. A República Brasileira que já havia experimentado alguns “tremores”, dessa vez caiu de joelhos e foi dominada completamente por mãos de ferro – chegava a Ditadura Militar. Anos difíceis, prisões, tortura e silêncio. Mas, como não existe mal que sempre dure, a liberdade novamente voltou a brilhar. Infelizmente, a morte foi implacável e nos tirou àquele que seria o primeiro brasileiro civil a voltar ao poder após tantos anos de militarismo. Um bigode tomou posse. Apesar de correr no pasto, atrás de bois e vacas, não foi o substituto ideal. O povo ainda com sede de democracia, e na ânsia de encontrar uma rápida saída, dexou-se encantar pela beleza e oratória do paladino das Alagoas. Sonho durou pouco. Novamente o povo ocupa as ruas e pede um novo presidente. Conseguimos um “topete” que substituiu o paladino, enquanto uma nova eleição era organizada. Chega ao poder um intelectual. Estudioso de sociologia e acompanhado de uma grande mulher, esse senhor, esqueceu seus aprendizados democráticos e as agruras dos anos de ditadura. Lamentavelmente, ficamos a navegar em mar revolto, ou melhor, ficamos sem rumo. Elegantemente vimos um Brasil segregar seus filhos mais pobres. Finalmente o poder foi ocupado por um homem do povo. Um operário, um trabalhador. Renascem as esperanças de um país mais justo. Eram tantos os sonhos que o mandato desse desbravador foi renovado. É o povo no poder. Os pobres ficarão ricos e o sertão vai virar mar. As profecias irão se concretizar. Mais uma vez, nós brasileiros nos decepcionamos. Apesar de mudanças terem sido implantadas e muitas boas ações acontecerem, o presidente – operário, não conseguiu conter seus seguidores, que na ganância de poder, transformaram a nação num grande circo. A lei do quem rouba mais foi implantada. Desvairados com o poder, mergulharam o país numa “onda” onde ninguém é de ninguém. Manda quem fala mais alto. Oh! Terra amada, até quando suportarás tantos desmandos. Essa prece, proferida por milhões de brasileiros, fizeram com quem chegasse ao poder uma mulher. A primeira mulher presidente do Brasil. Agora estamos sendo embalados num colo feminino. E como toda mulher e boa dona de casa, ela já chegou querendo arrumar o palácio. Lavou, espanou, encerou e demitiu os colaboradores que não estavam cumprindo com seus deveres. Desde 1889 até 2011, estamos aguardando que haja uma boa limpeza em nossa Terra. Precisamos acreditar que agora, nas mãos femininas vamos organizar nossa nação. Se por trás de um grande homem, existe sempre uma mulher notável, imaginemos uma mulher notável, sem ter nenhum homem na sua frente para atrapalhar. Boa sorte Presidente ou será Presidenta?
Edison Borba

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