quarta-feira, 23 de novembro de 2011

MANÉ GARRINHA

Numa cidade encantada chamada Brasília, onde o leite jorra das fontes e nas árvores as frutas brotam abundantemente, aproveitando um momento de ócio, “alguém” teve a brilhante idéia  de trocar o nome do estádio de futebol.
Realmente, trata-se de um assunto extremamente sério. A Copa do Mundo está próxima e precisamos resolver questões de interesse nacional.
Como estamos falando da TERRA PROMETIDA, onde problemas não existem. No lago da cidade os peixes são tantos que a população não consegue consumir todo o pescado. O dinheiro corre pela cidade onde não há miséria. Todas as crianças daquele território estão alfabetizadas e não há o fantasma do desemprego. Drogas? Eles nem sabem o significado dessa palavra.
Talvez, por viver em local tão paradisíaco que esquecer o nome MANÉ GARRINHA, não foi difícil. Quem terá sido esse tal de Mané? Foi algum “mané” na expressão “chula” que esse nome pode ter?
Vamos lembrar aos esquecidos que no Céu do Brasil, brilha uma estrela solitária, a mesma que maravilhou o mundo na camisa desse talentoso homem. Com as pernas tortas,  levou ao delírio multidões que lotavam os estádios de futebol, apenas para se deliciarem com seus lindos passes e jogadas fantásticas.

Lembrando:  Mané Garrincha, nasceu Manuel Francisco dos Santos, no município de Magé, no estado do RJ, em 1933. Faleceu em 1983. É até hoje, considerado o maior driblador da história do futebol. Apelidado de “O Anjo das Pernas Tortas”, foi um dos destaques na seleção brasileira nas Copas de 1958 e 1962.
Sua vida particular, não teve o mesmo brilho que a sua vida, como jogador de futebol. Homem simples não soube administrar a fama. Talvez uma das suas marcas tenha sido a ingenuidade para lidar com o mundo “profisional” que envolve os grandes ídolos.
Mané Garrincha é um exemplo de jogador arte. Pode não ter feito mil gols, mas fez milhões de corações vibrarem com as suas incríveis jogadas.
Vestindo a camisa canarinho ou com a estrela solitária do Botafogo, Garrincha era encantamento, da mesma forma que o pássaro Troglodytes musculus, conhecido em alguns lugares como Garrincha, que emprestou seu nome para o nosso grande jogador. Ave brasileira de canto bonito, dizem até que é parente do não mais famoso uirapuru.
Que as vozes se levantem e os pássaros cantem, para alertar aos “senhores”, que o Estádio de Futebol MANÉ GARRINCHA, não pode ter o nome modificado. Se existe preocupação em divulgar o nome da nossa Capital, podem ficar tranqüilos, pois Brasília é internacionalmente conhecida como a Terra da Fantasia ou Terra Prometida, ou será “comprometida”?

Edison Borba






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