Às vésperas da polícia pacificadora ser implantada na comunidade da Rocinha, os traficantes implantam o medo e terror entre os moradores da Rocinha. Aulas suspensas, crianças assustadas, aprendizagem adiada, creches sem funcionamento e toque de recolher.
A vida dos que residem nesse grande bairro – cidade, mais uma vez está sob fogo cruzado. De um lado a polícia, se organizando para implantar uma nova unidade pacificadora. Do outro os traficantes e bandidos ostentando armamento pesado, que sem nenhum escrúpulo desafiam a sociedade. No meio dessa situação o povo ordeiro e trabalhador, que luta diariamente para sobreviver. Nesta cidade (favela?) existe divisões sociais bem distintas. Uma área nobre, casas bem construídas e mobiliadas, dão um toque de classe ao local. Nesta enorme cidade existem empresas, lojas, comércio, salões de beleza, canais de televisão que exibem seu próprio jornal. Notícias especificamente locais fazem da Rocinha uma cidade diferente de outras que conhecemos. Uma vida noturna agitada, essa localidade oferece os mais diversos tipos de ritmos. Do forró ao samba encontramos de tudo nas ruas, vielas e lajes. Escolas de idiomas, informática além dos colégios de formação tradicional.
Uma cidade que cresceu desordenadamente, mas que encontrou o seu próprio equilíbrio. Existe uma organização em toda essa Babel. Um formigueiro humano que se movimenta sem parar nunca. A Rocinha não dorme!
Projetos sociais de teatro e música ajudam a juventude dessa comunidade a sonhar bem mais alto do que os pontos mais altos da localidade.
Por tudo isso e por todos os que vivem nessa cidade – bairro, é que não podemos deixar que bandidos e traficantes ocupem espaço, construam suas mansões e ditem ordens. Não há mais tolerância para com esses seres desumanos, que tentam impor as suas regras.
Hoje, após tantos dias de dúvidas a cidade do Rio de Janeiro e em especial a Rocinha, estão felizes com a prisão do Sr. Antonio Francisco Bonfim Lopes, o ”NEM”, chefe do tráfico e o causador de todos os conflitos na comunidade.
Dessa vez, quem falou mais alto foi à polícia! Dessa vez quem deu às ordens foi à justiça!
Afinal, ordens são ordens!
Edison Borba
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