terça-feira, 8 de novembro de 2011

DE QUE LADO (ainda) ESTAMOS?

A população do Rio de janeiro, ainda está sob o impacto dos acontecimentos vividos nos últimos dias. Apesar da implantação da polícia pacificadora em algumas comunidades, bandidos ainda resistem causando problemas para toda a sociedade. Traficantes armados invadem escolas, colocando em risco a vida de alunos e trabalhadores da educação. Diariamente  meliantes resistem à  ação da polícia, através de barricadas e enfrentamento direto. Ainda não conseguimos ficar livres das balas de diversos calibres. Ainda estamos convivendo com a ostentação do tráfico. Ainda enterramos trabalhadores, vítimas da ação de bandidos.
Nossa cidade ainda sofre com as “cracolândias”, mini comunidades onde crianças, jovens, adultos, grávidas  e idosos se drogam a qualquer hora do dia e da noite. Leis confusas, ainda impedem uma ação mais adequada contra esse terrível mal.
O assassinato de um cinegrafista, a serviço da imprensa, deixou claro que ainda existe uma força, que não tem limites para agir. Um tiro certeiro atingiu a todos nós. Calar a imprensa,  é deixar claro que a sociedade trabalhadora ainda não conseguiu dominar a voz que trafica.

Apesar de todos esses tristes acontecimentos, ainda conseguimos levar a vida com aparente normalidade. O comércio fecha, mas depois abre. As escolas interrompem as aulas, mas depois retorna. Fechamos nossas portas, mas abrimos as janelas. As ruas ficam vazias, mas voltamos a circular. Roubam nossos pertences, mas trabalhamos e compramos tudo de novo. Enterramos nossos amigos, filhos e parentes, mas nossas lágrimas secam. Ligamos a televisão, assistimos com uma “certa” tranqüilidade ao trágico noticiário, e continuamos o nosso jantar.
É difícil dizer de que lado  estamos!
Enquanto tudo isso acontece, um grupo de “possíveis” estudantes invade uma Reitoria Universitária. De que lado eles estão? Será que estão tentando reviver os anos da ditadura? Será que eles sabem que o espaço universitário não é para o uso ilegal de drogas? Será que eles sabem que o fuzil que mata, foi adquirido com o dinheiro, dos que compram as drogas? Será que eles se chocaram com a morte de um companheiro, dentro do campus desta universidade, vítima de assalto? Será que jogar pedras na imprensa, não é imitar o tiro do fuzil que matou um trabalhador inocente? O que podemos esperar desses “possíveis” estudantes?
Que universitários cobrem os rostos, como se fossem malfeitores? De que lado esse grupo está? Destruir bens materiais da Universidade é uma reivindicação correta?
Todos esses acontecimentos nos fazem refletir, pensar e tentar decidir – deque lado (ainda) estamos?
Edison Borba

Nenhum comentário:

Postar um comentário