segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

JUVENTUDE CRUEL

Em 1997, morria em Brasília, o cidadão indígena Galdino de Jesus, da tribo Pataxó. Jovens de classe média, apenas para se divertirem, jogaram álcool e atearam fogo no corpo de Galdino. Travessura? Brincadeira? Crueldade!
No Rio de Janeiro, outros jovens, atacaram uma trabalhadora, que esperava seu ônibus. Também, alegando não ter sido por maldade, esses jovens, pensaram (??!!!??) que se tratava de uma prostituta. E se fosse uma prostituta?
Travessura? Brincadeira? Crueldade!
Em São Paulo, jovens agridem violentamente, cidadãos que caminhavam pela Avenida  Paulista. Quando interrogados,  alegaram que a agressão foi motivada, por questões de opção sexual.
Travessura? Brincadeira? Crueldade!
Em um túnel da cidade do Rio de Janeiro, jovens atropelam e matam outro jovem, que deslizava em seu skate. Carro em alta velocidade. Irresponsabilidade. Morte.
Travessura? Brincadeira? Crueldade!
Sábado, dia 25 de fevereiro de 2012, em Santa Maria, cidade satélite de Brasília, um grupo de jovens  para se divertirem, colocaram um líquido inflamável no corpo de moradores de rua e atearam fogo.Assassinato frio e cruel.
Travessura? Brincadeira? Crueldade!
Os cinemas estão exibindo o filme “Precisamos Falar sobre Kevin” (We need to talk about Kevin), que mostra passo a passo o nascimento de um possível “sociopata”. Interessante a leitura que essa história nos permite. Kevin cresce e aos poucos demonstra o seu lado cruel. Seus pais, não conseguem decodificar o que se passava na mente de seu filho até o dia da tragédia.
Será que esses jovens brasileiros também demonstraram, gradativamente, sinais que poderiam ser detectados e controlados?
Será  que, mesmo sem terem  “vocação” biológica, por negligência familiar e falta de orientação adequada, esses meninos ousaram ultrapassar os limites legais de convivência social?
Qual é o nível de culpa dos pais e mães, em relação à atitude cruel de seus filhos?
Qual é a relação genética que podemos identificar no comportamento dessas criaturas?
Qual é a participação da sociedade e principalmente dos legisladores em relação a tanta crueldade?
Até quando as nossas leis continuarão “paternalizando” esses jovens?
Difícil de entender, impossível de aceitar!
Travessura? Brincadeira? CRUELDADE!
Edison Borba







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