sexta-feira, 5 de abril de 2013

A GUERRA CONTINUA

Apesar da implantação das UPPS (Unidades de Polícias Pacificadoras) confrontos entre policiais e moradores das comunidades, onde estas unidades foram instaladas, estão acontecendo. Hoje o dia começou com os jornais anunciando mais um morto na região do Jacarezinho, bairro da cidade do Rio de Janeiro.
De um lado os policiais. Do outro, moradores gritando por justiça. No meio da rua, coberto por um plástico preto, o morto.
De um lado, declarações dos policiais. Do outro, acusações de truculência. No asfalto, um homem, a vítima.
De um lado, a polícia. Do outro, a população. No chão, mais um cidadão.
A população acompanha esses confrontos, que já fazem parte da rotina carioca. Antes das UPPS, elas eram  mais violentas e aconteciam em maior quantidade. Atualmente, esses fatos continuam ocorrendo, mesmo que em menor número.
A palavra justiça, gritada pelos moradores e exibida em folhas de papelão, exibidas pelo povão, sempre acusando os policiais, nos deixam com uma sensação de dúvida: em que lado está à verdade?
Será mesmo que todas as vítimas foram produzidas pelas armas dos policiais?
Será que foram as armas dos traficantes que causaram as mortes?
Será que ainda existe um comando paralelo, que induz à população a fazer as manifestações?
Com quem está a verdade?
Enquanto isso, a vida segue sua rotina, estranha rotina: policia, samba, povo, mortos, tiros,  propaganda, políticos  muita conversa e pouca ação.
Muito pouco está sendo feito para melhorar as condições de vida  da população. Hospitais sem condição de atendimento. Lixo acumulado em muitas ruas. Quando chegam as chuvas, as enchentes acontecem em quase toda a cidade. Ainda existem muitas comunidades sem saneamento básico. Os transportes cobram preços exorbitantes para um atendimento de má qualidade. No estado do Rio de Janeiro, vários municípios acumulam problemas, que infelizmente, ajudam a deixar o Brasil como um país de terceira classe. Imaginando que esses problemas se repetem em todos os outros estados da federação, estamos diante de uma tragédia nacional.
Apesar da tão divulgada alegria do povo brasileiro, da sua ginga e samba no pé. Apesar de sermos um povo criativo, e a nossa cultura popular ser uma das mais ricas do mundo. Isso não basta! Estamos nos contentando com muito pouco.
Circo é bom e faz bem para a alma, mas é preciso saúde, segurança e educação. Não se constrói uma grande nação apenas usando o potencial do povo, sem dar condições para que esses potenciais sejam capazes de se transformar em felicidade.
É hora de pensar! É hora de agir!
Apenas para lembrar: o dinheiro do povo não é água para se jogar no ralo. Até quando vamos assistir obras gigantescas, construídas apenas para satisfazer o ego de alguns maus brasileiros.
Até quando?
A guerra continua ...

Edison Borba

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