sábado, 20 de abril de 2013

TROTE? DEPRIMENTE!

Mais uma vez os noticiários estampam cenas deprimentes acontecidas na UFRJ (Ilha do Fundão). Dessa vez os alunos envolvidos fazem parte do curso de medicina.
Constrangedor vermos jovens mergulhados em piscina contendo lixo e pendurados ao pescoço, cartazes com termos jocosos.
Alguns alunos, quando entrevistados, justificaram que só participa da “festa de integração” os que aceitam “entrar” na brincadeira, e que tudo não passa de uma forma de unir, agregar e recepcionar os calouros.
Explicações, que não foram aceitas pelo Reitor e  também não foram  aceitas por cidadãos do bem e de bem.
Nenhuma comunidade educada recepciona seus convidados ou visitantes humilhando e amedrontando. É lamentável que no mundo universitário ainda persista “brincadeiras” pré-históricas.
Vergonhoso, triste e desastroso tomarmos conhecimento que nossos futuros médicos, aqueles que terão como dever proteger cuidar e salvar vidas mantenha esse tipo de comportamento.
Em várias Instituições Universitárias, são promovidas campanhas para doação de sangue, coleta de alimentos e livros para serem distribuídos entre comunidades carentes. São formas de recepcionar os novos alunos e iniciarem uma relação de afeto e acolhimento.
Num país conhecido por falcatruas, miséria, seca e desigualdade social, não podemos admitir que as poucas Universidades que ainda sobrevivem ao caos, alguns jovens manchem o nome de Instituições como a Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Que sejam tomadas medidas educativas. Que esses alunos médicos sejam encaminhados para trabalhos comunitários acompanhados por sociólogos e psicólogos e possam continuar seus estudos devidamente supervisionados, para que possam receber seus diplomas com a consciência de que a vida é para ser preservada e todo ser vivo tem o direito a ser respeitado. Quanto aos calouros que “aceitaram” esse tipo de “brincadeira”, também vale um aconselhamento para que mais tarde não pensem em repetir esses atos deprimentes com outros calouros e até com seus futuros pacientes.
Isso é uma vergonha!
Edison Borba
 

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