sexta-feira, 26 de abril de 2013

CRUELDADE


Cidade: São Bernardo do Campo

Estado: São Paulo – Brasil

Fato: Cinthya Magaly Moutinho de Souza, dentista, morreu queimada dentro do seu consultório, após ser assaltada.
 

Motivo do crime: a dentista possuía apenas trinta reais em sua conta bancária.

Revoltados com a pouca quantia, Cinthya foi queimada viva dentro do seu local de trabalho. Um dos três assaltantes tem apenas 17 anos. Pelas leis brasileiras, trata-se de um menor de idade e, portanto, cumprirá, apenas,  medida sócio educativas.
Essa crueldade trouxe a público os altos índices de criminalidade em São Paulo, e também em todo o país. Só no mais importante estado brasileiro, as notícias são alarmantes. Apenas nos três primeiros meses deste ano, o aumento no número de latrocínios foi de 270%, em relação ao mesmo período do ano de 2012.
Estamos vivendo, um grave problema social envolvendo menores de idade (crianças e adolescentes), que protegidos por um estatuto antiquado, estão sendo usados por quadrilhas de marginais. Em quase todas as ações criminosas ocorridas em todo o país, os menores de idade aparecem como “buchas”.
Enquanto a crueldade se espalha assustadoramente, nossos legisladores e políticos soltam palavras ao vento, dão tapas no ar, gastam o dinheiro público e legislam em causa própria.
Quando um menor de idade é detido por envolvimento em algum tipo de delito, estamos diante de mais um brasileiro que será diplomado na escola do crime. Seus orientadores possuem uma didática de excelente qualidade e a metodologia usada é muito mais eficiente das que o ensino oficial ainda  usa em nossas escolas.
Nosso processo educativo  não possui condições de envolver crianças e jovens, que muitas vezes não conseguem se adequar ao trabalho escolar. Alunos com um perfil mais buliçoso acaba por abandonar a escola  sendo adotado pelos profissionais do crime. Sua criatividade e inteligência serão usadas para o mal.
Quem atua no campo da educação, sabe que essa é uma constrangedora verdade!
Sem alarmismo e sem pessimismo, sendo realista diante dos números (exatos) apresentados pela estatística / matemática temos consciência que a nossa sociedade vive um sério momento.
Está na hora de reavaliarmos seriamente nossos estatutos, leis e regras. Buscarmos novos caminhos e encontrarmos soluções adequadas, para esse grande número de “brasileirinhos” que diariamente são envolvidos pela criminalidade.
Um país forte se constrói com educação séria e de qualidade!
Edison Borba
 

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