segunda-feira, 29 de abril de 2013

LEIS – PARA QUEM SERVEM?

          Iniciamos esta segunda-feira, 29 de abril, com a notícia que um conhecido personagem da vida pública brasileira, foi parado pelos agentes da Lei Seca, após causar um acidente automobilístico. Na delegacia, pagou fiança de vinte e dois mil reais, e foi colocado em liberdade. Sorrindo, afirmou para os jornalistas que essa importância nada significava para ele. Em outra cidade, um jovem de 18 anos, também embriagado, sem ter carteira de habilitação, atingiu vários carros e se chocou com o muro de uma escola. O jovem é filho de um exdelegado. Também foi liberado.  
Enquanto isso o menor que matou a dentista, queimado-a ainda viva, prestou depoimento sobre o crime, e segundo declarações da Delegada, ele contou todos os detalhes tranquilamente “como se tivesse narrando um capítulo de novela”. Como se trata de um menor de idade deve ficar detido no máximo por três anos em uma casa de orientação para menor.
Num país que possui mais de 180 mil leis, perguntamos: “para quem servem”?
Em pesquisa feita entre diversos homens e mulheres, e as respostas foram interessantes e tristes.
Mais de 70% dos entrevistados, afirmaram que se for necessário  desobedecem as leis. Alegando que o fazem porque os ricos, poderosos, artistas, jogadores de futebol, políticos e filhos de pessoas influentes não são punidos. Somente os pobres e trabalhadores as leis são  brasileiras são aplicadas. Portanto ...
A impunidade que protege abertamente um grande número de brasileiros considerados inatingíveis pelas leis, regras, multas e todos os regulamentos previstos nos nossos códigos penais e até na Constituição, é responsável pela atitude que muitos  assumem, alegando que dar um “jeitinho” é normal no Brasil.
A famosa “Lei de Gerson”, se tornou patrimônio nacional. Infelizmente, (repetindo), a cada famoso, emergente, político, artista, jogador de futebol, empresário e seus familiares, que atropelam literalmente as leis são liberados de suas obrigações sociais, fica difícil mudar a mentalidade do povão.
É muito triste, começarmos mais uma semana diante de fatos tão constrangedores. Eu ainda continuo acreditando que a educação é um dos melhores caminhos para mudarmos essa situação. Educação séria, que conscientiza e forma cidadãos capazes de votar em homens e mulheres dignos, éticos, honrados e que amem o Brasil.
 Edison Borba

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