quinta-feira, 27 de junho de 2013

O SABOTADOR

        Um homem de aparência distinta, vestindo roupas elegantes, cabelos bem alinhados, barba bem aparada e óculos, que lhe confere um aspecto senhorial.
Respeitado em seu trabalho, admirado pelos amigos e negligenciado pelos inteligentes. Esse “cara” vendeu, por muitos anos, uma imagem respeitosa para a  sociedade.
Um fingidor, talvez seja a sua melhor definição. Consegue transitar pelos mais diversos ambientes. Para cada grupo, ele exibe uma face, uma frase, uma observação agradável, fazendo com que todos o admirem e não tenham a oportunidade de observarem o seu verdadeiro ser. Seus discursos são emocionantes.
Escorregadio, fala mansa e sábia. Ele é um sábio, no sentido de “sabido” ou esperto, maroto, velhaco ou outro termo qualquer que possa significar um lobo em pele de cordeiro.
Há anos, ele consegue deslizar de um lugar para outro sem que ninguém perceba seu verdadeiro ser. Talvez, possamos descrevê-lo, como o médico e o monstro, liberando cada parte da sua essência, conforme a ocasião.
Eleito diversas vezes, e por muitos votos, esse homem ocupa um excelente cargo na política de seu país.
A grande questão, é que de tanto fingir, este senhor já não sabe quem é. Perdeu-se em si mesmo. Às vezes monstro quando devia ser médico. Às vezes médico na hora de ser monstro. Esses desencontros significam que ele já não está mais conseguindo sabotar os amigos, os companheiros de trabalho, o povo e a si mesmo.
Já existem comentários, levados pelo vento que ele não é aquilo que tenta ser. Grupos  afirmam ser ele um grande engodo, uma farsa que estava dando certo, não fosse  a vaidade que é também a sua fragilidade. Sua constante migração no palácio, senado e câmaras, são sinais de que esse vaidoso senhor é também inconstante.
Somente os medrosos e frágeis, usam máscaras para sobreviver.
Escondendo-se entre histórias familiares lacrimogêneas,  falsas ideologias e fantasias religiosas ele conseguiu sabotar até os mais ilustres estudiosos e membros de academias, porém acabou sendo vítima da sua própria armadilha.
O povo foi para as ruas exigindo ética e moralização do país. Diante da pressão e pensando nas próximas eleições, ele enlouqueceu. Finalmente suas artimanhas e falcatruas seriam reveladas.
O fim de todo sabotador, falsário e fingidor é sempre o mesmo, quando perde a máscara e a sua credibilidade entra em crise, só existe uma saída, buscar um esconderijo ou uma nova sociedade para recomeçar à suas sabotagens.
Será que ele vai conseguir?
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          P.S. – As eleições estão chegando  o voto é a arma do povo. É preciso ter cuidado com os lobos que já estão começando a usar peles de cordeiros e mascarando o lado monstro. A sociedade brasileira não pode se deixar enganar por discursos demagógicos e ações de bondade que estão começando a surgir na imprensa.
Não podemos enfraquecer! Nosso país só irá se tornar uma nação politicamente ética sob a pressão popular.
Votar conscientemente é dever de todo brasileiro!

Edison Borba

 

 

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